Batata fica 60% mais cara e põe cesta básica de MS entre as mais caras
Pressionada pela batata inglesa e carne bovina, a cesta básica em Campo Grande ficou mais cara no mês de novembro. Em comparação com outubro, o consumidor precisou desembolsar R$ 7,47 a mais para levar os 13 itens que compõem a cesta.
De acordo a pesquisa divulgada hoje (9) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em outubro todos os produtos saíam por R$ 296,22 contra R$ 303,69 em novembro, segundo o último levantamento.
Em apenas um mês, a batata inglesa, que vinha sofrendo queda nos preços, ficou 60% mais cara para a dona de casa. Foi o item que mais apresentou variação de outubro para novembro. Em trajetória de alta, a carne bovina ficou 3,34% mais cara na última pesquisa.
A baixa disponibilidade de animais para o abate e a pastagem do seca, aliados ao aumento do consumo, podem ter contribuído para esse cenário.
O arroz com feijão, prato diário na mesa dos brasileiros, também ficou mais oneroso na Capital. A alta foi de 2,79% e 3,89%, respectivamente. O tomate, que já foi por meses seguidos o personagem principal do aumento no supermercado, sofreu queda no preço de quase 10%, acompanhado pela banana, com baixa de 0,9% no preço.
O cafezinho foi o único item da cesta que não sofreu alteração em novembro, confirmando a
análise de indefinição quanto às expectativas para o setor cafeeiro.
Ainda conforme o Dieese, que pesquisa 18 capitais, Campo Grande teve a quarta maior variação de preços em novembro (2,52%), ficando atrás apenas de Brasília, Aracaju e Goiânia.
Mesmo apresentando, pelo segundo mês consecutivo, alta no preço da cesta, o índice de variação, entretanto, ficou abaixo de 1%, ao ano, totalizando 0,83% na avaliação feita entre os meses de janeiro e novembro.
Na apuração do Dieese, o custo da cesta básica para uma família de quatro pessoas também subiu em relação ao mês anterior de avaliação, ultrapassando R$ 900. O valor subiu de R$ 888,66 em outubro para R$ 903,04, no mês passado, um reajuste de R$ 22,41.
Em relação a jornada de trabalho, o Dieese aponta que para comprar os alimentos da cesta básica é necessário trabalhar 92 horas e 17 minutos. O número representa aumento de 2 horas e 16 minutos em relação a avaliação anterior.