“Boom” imobiliário faz Campo Grande ter mais casas construídas do que pessoas

As construções em Campo Grande cresceram mais que a população em 30 anos. Isso explica o “boom” imobiliário na Capital, com dezenas de obras sendo anunciadas.

O estudo “Trinta anos de expansão vertical e horizontal em cidades brasileiras", da organização WRI Brasil, coloca Campo Grande entre as cidades com mais construções, entre o período de 1993 e 2020.

Enquanto  São Paulo e Rio de Janeiro lideraram a verticalização, Campo Grande, Londrina, Manaus, Natal e Cuiabá tiveram expansão horizontal extrema.

A pesquisa mostra que o ICV (Índice de Custo de Vida) em Campo Grande está em 0,79% e o ICH (Índice de Condição Habitacional) em 1,60%.

O que também comprova o cenário são os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) enviados ao Campo Grande News. Em termos percentuais, a população cresceu 70,7% entre 1991 e 2022, já o volume de casas cresceram 200%, no mesmo período.

Em questão de quantidade, o número de residencias sai de 130.762 para 392.326, e o número de pessoas, de 526.126 para 898.100.

O presidente do Secovi-MS (Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul) explica que as construtoras estão empenhadas em atender a demanda e que os imóveis para locação estão com boa procura nas imobiliárias.

“Com os resultados da evolução do PIB de nosso Estado somados ao aquecimento do mercado de commodities e serviços, as construtoras passaram a se mobilizar para atender a demanda de imóveis residenciais não só para Campo Grande como para todo estado do MS. A maioria dos imóveis ofertados tem características comerciais ou de serviço. Os imóveis residenciais para locação estão com muita procura nas imobiliárias, principalmente por causa da elevação da taxa de juros (Selic) trazendo preocupação a potenciais compradores”, explicou.

O Campo Grande News tem publicado com frequência EVIs (Estudo de Impacto de Vizinhança). O mais recente é de um condomínio residencial que será construído no Jardim Seminário, bairro da região urbana do Imbirussu, em Campo Grande.

O empreendimento, da MRV, será construído no cruzamento das avenidas Prefeito Heráclito José Diniz de Figueiredo e Padre João Falco. Serão 880 unidades, com previsão de 2.842 habitantes.

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