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Economia

Câmara votará projeto de reoneração gradual da folha em regime de urgência

Senado aprovou projeto de lei em agosto que deve passar pela Casa de Leis nesta semana

Por Gustavo Bonotto | 09/09/2024 21:45
Deputados durante sessão deliberativa, na tarde desta segunda-feira (9), em Brasília (DF). (Foto: Bruno Spada)
Deputados durante sessão deliberativa, na tarde desta segunda-feira (9), em Brasília (DF). (Foto: Bruno Spada)

A Câmara dos Deputados aprovou de forma simbólica, no fim da tarde desta segunda-feira (9), regime de urgência na votação do projeto de lei que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e para alíquota cheia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em municípios com até 156 mil habitantes.

A tratativa já havia sido aprovada pelo Senado em agosto, e agora deve ser analisada pela Casa de Leis antes de seguir para sanção.

No ano passado, o Congresso havia aprovado a manutenção da desoneração da folha, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou trechos da Lei 14.784, de 2023. O Congresso derrubou o veto e o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que deu prazo até 11 de setembro para que o Congresso e o Executivo buscassem um acordo sobre a desoneração.

Conforme antecipado, o PL (Projeto de Lei) nº 1.847/2024 mantém a desoneração da folha de pagamento para esses setores integralmente em 2024 e prevê a reoneração gradual entre 2025 e 2027. A retomada gradual da tributação a partir de 2025 terá alíquota de 5% sobre a folha de pagamento. Em 2026, serão cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando ocorreria o fim da desoneração. Durante toda a transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará integralmente desonerada.

Os 17 setores cuja regras serão alteradas são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação; tecnologia de comunicação; projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

Entenda - O pedido de prorrogação foi feito em julho pelo Senado Federal e pela AGU (Advocacia-Geral da União), que pretendiam utilizar o prazo para encerrar as negociações entre o governo federal e parlamentares para um acordo envolvendo a compensação financeira da União pela desoneração dos setores.

À época da votação no Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, elogiou o acordo em torno do projeto. Ele disse que, se o conjunto de medidas de compensação não for suficiente, o Senado não se furtará a rever sua posição, de modo a favorecer outras medidas que colaborem para o equilíbrio fiscal. Para Pacheco, a desoneração tem um viés social, já que, ressaltou ele, os 17 setores beneficiados são os que mais geram empregos no país.

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