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Economia

Campo Grande é capital com menor taxa de desemprego do País

Município registra taxa de desocupação de 3,4% no primeiro trimestre, menor de todo o Brasil

Guilherme Correia | 18/05/2023 17:45
Mulher em busca de emprego em feirão realizado pela Funsat (Foto: Paulo Francis)
Mulher em busca de emprego em feirão realizado pela Funsat (Foto: Paulo Francis)

Campo Grande assumiu liderança entre capitais brasileiras com menor taxa de desocupação do País, com apenas 3,4% no primeiro trimestre. Os números representam a menor taxa de desocupação para um primeiro trimestre desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciou divulgação da Pnad (Pesquisa por Amostra de Domicílios).

Entre as demais capitais, Porto Velho (RO) aparece logo em seguida, com uma taxa de desocupação de 3,5%, seguida por Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), todas com 5,5%. Por outro lado, Salvador (BA) registra a maior taxa de desocupação, com 16,7%, seguida por Recife (PE) com 15,1%, Manaus (AM) com 12,8%, Aracaju (SE) e Belém (PA), ambas com 12,2%.

A taxa de desocupação é mais elevada entre as mulheres, atingindo cerca de 4,52% em Campo Grande, enquanto para os homens a taxa é de 2,53%. Essa diferença de gênero é reflexo de uma situação nacional, na qual a taxa de desocupação para as brasileiras é de 10,79%, enquanto para os brasileiros é de 7,24%.

Os números favoráveis de Campo Grande também colocam a cidade abaixo da média estadual de desocupação, que foi de 4,8% segundo o IBGE. Além disso, a taxa de desocupação na capital sul-mato-grossense é inferior à de países como Canadá, Austrália e Estados Unidos.

A prefeita Adriane Lopes (Patriota) destacou o feito alcançado pela cidade e atribuiu Campo Grande como a “Capital das Oportunidades”. “Estamos nos transformando em um polo de crescimento e geração de novos negócios. No ano passado, ampliamos em mais de 10 mil o número de empresas ativas e seguimos crescendo”.

De acordo com a pesquisa, Campo Grande possui 743 mil pessoas em idade ativa, sendo que 498 mil estão na força de trabalho. Essa força de trabalho inclui pessoas com idade para trabalhar (14 anos ou mais) que estão empregadas ou procurando emprego.

Esses dados reforçam o panorama de crescimento econômico pelo qual Campo Grande tem passado no pós-pandemia. Desde julho de 2020, mais de 34 mil novos empregos com carteira assinada foram criados na cidade. Apenas no primeiro trimestre de 2023, foram geradas 2.558 novas vagas, com destaque para os setores de serviços, construção civil e indústria.

Os números também indicam que 17 mil pessoas estão desocupadas, enquanto 39 mil estão subocupadas. A subutilização da força de trabalho engloba os desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência de horas. A taxa de subutilização da força de trabalho é a porcentagem que essa subutilização representa dentro da força de trabalho ampliada, que inclui as pessoas na força de trabalho somadas à força de trabalho potencial. Todos esses números encontram-se abaixo do período pré-pandemia.

O economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos, destaca que o índice de 3,4% pode indicar uma situação de pleno emprego: "O pleno emprego é conhecido como o mais alto grau do uso das forças produtivas da economia, principalmente no uso do trabalho”.

“Esse processo é possível para uma economia em constante expansão. Esse cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão de obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio. O pleno emprego não significa que o desemprego seja nulo, mas sim que atinja um nível satisfatoriamente baixo".

Ao comparar os dados com o quarto trimestre de 2022, observa-se um aumento de 0,3 ponto percentual na taxa de desocupação, indicando um movimento sazonal devido às demissões que normalmente ocorrem no final de cada ano, com a redução da demanda no comércio durante as festas de Natal e Ano Novo.

O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, ressalta o sucesso das medidas implementadas pela atual gestão municipal para fortalecer a economia. "Os dados são mais uma prova de que Campo Grande é a Capital das Oportunidades. Temos trabalhado muito, tanto nas relações internas quanto externas, transformando Campo Grande em um grande hub logístico para os países que desejam entrar no Brasil, assim como para os estados brasileiros que desejam exportar seus produtos".

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