Campo Grande fecha 2017 com inflação de 2,6%, a menor desde 2006
Campo Grande fechou 2017 com inflação de 2,6%, o menor percentual registrado na cidade desde 2006 (2,29%), segundo o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp.
Além das medidas econômicas adotadas pelo país, favoreceram o resultado a queda na demanda provocada pelo endividamento da população e a super safra de grãos, que reduziu o preço de alguns itens de alimentação.
O índice ficou abaixo da meta de 4,5% do CMN (Conselho Monetário Nacional). Levando em consideração os números mês a mês, dezembro teve inflação de 0,42% , a segunda maior do ano passado, perdendo apenas para janeiro (0,43%).
Segundo o Nepes, itens do grupo transportes, que inclui combustíveis e carros novos, ficaram mais caros e ajudaram a reter o percentual. Esse seguimento teve alta de 1,39% ano passado principalmente por conta do etanol (7,3%), gasolina (0,81%) e os veículos zero quilômetro (1,25%).
Já o grupo habitação teve inflação de 4,28% nos últimos 12 meses e de 0,34% em dezembro puxada principalmente pelas altas do detergente (2,05%), inseticida (1,16%) e limpa vidros (0,99%) e pela energia elétrica e gás de cozinha. Ajudaram a reter o índice o refrigerador (-2,34%), pilha (-2,02%) e máquina de lavar roupa (-1,94%).
Projeção - O coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, acredita que o resultado deve refletir na economia. Segundo ele, é possível que haja nova queda da taxa Selic em fevereiro, sinalizando que os juros podem baixar.
Com relação a 2018, ele acredita que os índices não devem ser tão controlados ao longo do ano como foram em 2017. Ele usa como termômetro da previsão o grupo Alimentação, que teve alta de 0,12% no mês passado, mesmo sendo período de maior aquisição de produtos. Esse seguimento tem a segunda ponderação na composição da inflação geral.