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Economia

Campo Grande terá mesa de negócios da rota bioceânica com argentinos

De Jujuy (Argentina) - Sílvio Andrade | 30/08/2017 14:45
Campo Grande terá mesa de negócios da rota bioceânica com argentinos
O secretário de Integração Nacional da Argentina, Federico Fernandez Sasso, o representante do Itamaraty, João Carlos Parkinson, e o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, na reunião em Jujuy (Fotos: Silvio Andrade)
O secretário de Integração Nacional da Argentina, Federico Fernandez Sasso, o representante do Itamaraty, João Carlos Parkinson, e o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, na reunião em Jujuy (Fotos: Silvio Andrade)

O cenário positivo que se desenha para o comércio transfronteiriço com a efetivação da rota bioceânica entre Mato Grosso do Sul, Paraguai, Argentina e Chile, começa a apresentar os primeiros resultados, e já se discute um leque de oportunidades futuras.

Nesta quarta-feira, 30, em Jujuy, os integrantes da expedição RILA (Rota de Integração Latino-Americana), formada por 80 empresários sul-mato-grossenses, além de autoridades governamentais e jornalistas, participaram de uma roda de negócios promovida pelo governo argentino, e ficou definido que em novembro será a vez de Campo Grande receber a rodada de negociação com os argentinos.

“Pelo tudo que vimos nesta viagem, onde todos estão envolvidos, os empresários, o governo federal, o governo do Estado, para que o corredor seja uma realidade, creio efetivamente que em no máximo quatro anos estaremos trocando nossas riquezas e culturas”, disse o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, que integra a caravana da Rila, e está entusiasmado pela possibilidade de grandes negócios com os três países parceiros do Brasil no Mercosul.

Cenário de paisagens montanhosas, esta é a realidade de Jujuy, uma província que fica ao Norte da Argentina.
Cenário de paisagens montanhosas, esta é a realidade de Jujuy, uma província que fica ao Norte da Argentina.

Indústria energética - Jujuy, além de alimentos, como o feijão, e bebidas (vinho), serviços e logística, tem um forte parque industrial de derivados de energia solar e eólica, cujas empresas já estão atuando em outros países e tem interesse em investir no Brasil.

Segundo o ministro de Produção da Argentina, Juan Carlos Robles, que abriu a rodada de negócios, seu país apoia a iniciativa do governo e iniciativa privada do Brasil para abrir este corredor bioceânico acreditando que vai ampliar os negócios no Mercosul.

“Temos uma grande oportunidade de crescermos juntos, por toda a América Latina, e a Argentina está pronta para tornar esta rota um grande negócio em comum”, disse Robles, ao saudar a comitiva de Campo Grande.

Chegou a hora - Presente ao evento, o coordenador-geral de Assuntos Econômicos Latinos-americanos, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, João Carlos Parkinson de Castro, reafirmou o compromisso do governo brasileiro em viabilizar a rota, com a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho.

“Aquilo que foi pensado lá atrás, hoje é uma realidade, preparam-se para as transformações da nossa América do Sul”, foi seu recado aos gestores e empresários de Jujuy. “Podemos sair da crise juntos, criando melhores condições para nossos países estreitando os laços comercial e culturais”, completou.

O interesse da Argentina em aumentar suas exportações pela rota bioceânica também ficou claro na fala do secretário de Integração Nacional, Federico Fernandez Sasso. Ele parabenizou a comitiva do Rila e disse que seu país está aberto na viabilização do corredor e aos negócios. “Vamos aproveitar esta oportunidade”, frisou.

Também participaram do evento o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e o secretário de Desenvolvimento Econômico e de Ciências e Tecnologia de Campo Grande, Luiz Fernando Buanain.

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