CAR Pantanal é oficializado e regulamenta exploração ecologicamente sustentável
O CAR (Cadastro Ambiental Rural) Pantanal que dispõe sobre a área de uso restrito da planície inundável do Pantanal Sul-mato-grossense, foi oficializado ontem (9) e publicado no Diário Oficial do Estado. O prazo final para a realização do cadastro continua sendo 05 de maio de 2016.
De acordo do que prevê o Novo Código Florestal, o decreto normativo regulamenta a exploração ecologicamente sustentável e o uso alternativo do solo, com base nas recomendações técnicas dos órgãos oficias de pesquisa e do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
No Diário consta que o CAR Pantanal contempla 8 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo a totalidade dos territórios de Corumbá e Ladário e parte dos municípios de Porto Murtinho, Sonora, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Aquidauana e Miranda.
Segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o Pantanal é o bioma mais preservado do Brasil e concilia, há mais de 270 anos, produção pecuária e preservação do meio ambiente.
Dados divulgados essa semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ratificam a posição de Corumbá como município detentor do segundo maior rebanho brasileiro, com 1,8 milhão de cabeças.
Conforme o presidente do Sindicato Rural de Corumbá e vice-presidente regional da Famasul, Luciano Aguiar Rodrigues Leite, a normativa atende aos anseios dos produtores rurais pantaneiros e permite a produção e a preservação da região. "O novo decreto atende ao tripé da produção sustentável, do ponto de vista social, ambiental e econômico, em uma área estratégica da pecuária sul-mato-grossense e nacional. Somos os maiores produtores de bezerro do País", afirmou.
Para o presidente da Famasul, Mauricio Saito, a publicação do CAR Pantanal é resultado do esforço de todos, produtores rurais, entidades representativas e do Governo Estadual, na construção de um ambiente produtivo sustentável, para um região de extrema relevância econômica, ambiental e social.
"Foi um trabalho baseado em argumentos sólidos e equilíbrio. A orientação é que, a partir de agora, o produtor rural priorize a realização do CAR, com a consulta de um profissional especializado, para assim conseguir a regularização ambiental da sua propriedade", afirma Saito.