Celulose e papel puxam crescimento na exportação industrial do Estado
Segmento responde por 60% da receita obtida pelas fábricas de Mato Grosso do Sul nos cinco primeiros meses do ano

Nos cinco primeiros meses de 2019, as indústrias instaladas em Mato Grosso do Sul tiveram receita de US$ 1,5 bilhão (R$ 5,8 bilhões) com exportações. O total equivale a aumento de 6% em relação a igual período do ano passado, quando a movimentação somou US$ 1,4 bilhão. Os dados são do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) e apontam para o segmento de celulose e papel como principal responsável pelo crescimento.
De acordo com o levantamento, o grupo registrou receita de US$ 909,62 milhões (R$ 3,5 bilhões). O valor responde por 60% do total exportado pelas fábricas de Mato Grosso do Sul. O ramo de celulose e papel ainda elevou os ganhos em 21% no comparativo com janeiro a maio de 2018, quando movimentou US$ 886,36 milhões.
O Radar Industrial da Fiems revela que os principais compradores do segmento nos cinco primeiros meses do ano foram China, com US$ 544,07 milhões; Estados Unidos, com US$ 119,32 milhões; Itália, com US$ 67,77 milhões; Holanda, com US$ 57,03 milhões; Reino Unido, com US$ 16,20 milhões; e Espanha, com US$ 14,28 milhões.
Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, é um dos maiores polos de produção de papel e celulose do mundo. A cidade comporta planta da Suzano, que opera desde janeiro após fusão com a Fibria e tem capacidade para produzir 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano. O principal município da região do Bolsão conta também com unidade da Eldorado Brasil, capaz de operar em ritmo de 1,7 milhão de toneladas de celulose ao ano.
Mais setores – O ramo de frigoríficos respondeu por US$ 372,44 milhões (R$ 1,4 bilhão) das exportações industriais do Estado de janeiro a maio. Destes, 45,1% são originados das carnes desossadas e congeladas de bovinos. Os principais compradores do segmento foram Hong Kong, com US$ 67,45 milhões; Chile, com US$ 52,99 milhões; e Emirados Árabes Unidos, com US$ 39,56 milhões.
Já o grupo de siderurgia e metalurgia básica teve receita de US$ 12,35 milhões (R$ 45 milhões) nos cinco meses completos de 2019, com o ferro fundido bruto não ligado como principal produto exportado. Os principais mercados foram México, com US$ 9,54 milhões; Paraguai, com US$ 1,19 milhão; Argentina, com US$ 783,92 mil; e Bolívia, com US$ 695,35 mil.