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Economia

Cesta básica fica 1,26% mais barata na Capital, mas é vendida a R$ 645,17

Em média, morador tem de usar cerca de 63% do salário para comprar produtos básicos só para um indivíduo

Guilherme Correia | 07/12/2021 10:59
Foto tirada em 2019 mostrava cesta básica vendida a R$ 279 em Campo Grande, quase metade do preço atual. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Foto tirada em 2019 mostrava cesta básica vendida a R$ 279 em Campo Grande, quase metade do preço atual. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

A cesta básica ficou 1,26% mais barata, em média, na Capital, durante o mês de novembro. Campo Grande registrou a segunda maior redução dentre as 17 capitais brasileiras analisadas mensalmente pelo (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), na comparação com outubro.

Na prática, o departamento aponta que encontra-se o conjunto de itens básicos para uma família por R$ 645,17, em território campo-grandense. Em média, na Capital, cerca de 63,41% do salário de um morador é usado para comprar os produtos básicos para uma pessoa adulta.

A maior queda foi encontrada em Brasília (DF), com 1,88%. Logo após a capital sul-mato-grossense, o Rio de Janeiro (RJ) teve decréscimo de 1,22% no valor médio.

Por outro lado, a cesta mais cara foi a de Florianópolis, avaliada em R$ 710,53, seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60).

Ainda assim, na comparação com o mesmo período do ano passado, todas as cidades apresentaram aumento na precificação. O mesmo vale para a comparação com os meses de 2021. Ou seja, a redução verificada nos últimos 30 dias não deverá representar uma grande melhora para os moradores da cidade.

Em Campo Grande, houve um crescimento de 11,92%, em relação a 2020, e uma variação de 9,52%, desde o começo deste ano.

O Dieese também sugere um valor ideal do salário mínimo a ser praticado no País. Com base na cesta mais cara, atualmente, a de Florianópolis, o órgão estima que a remuneração básica dos brasileiros teria de ser R$ 5.969,17, cerca de cinco vezes a mais que o piso vigente, de R$ 1,1 mil.

O cálculo é feito com base em uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Além disso, no último mês, a média é que 58,95% do salário é utilizado para comprar alimentos e produtos básicos para uma pessoa adulta.

Nesta semana, vereadora de Campo Grande, Camila Jara (PT), distribuiu alimentos em protesto contra a alta nos preços e em favor da renda básica no Brasil. (Foto: Kísie Ainoã)
Nesta semana, vereadora de Campo Grande, Camila Jara (PT), distribuiu alimentos em protesto contra a alta nos preços e em favor da renda básica no Brasil. (Foto: Kísie Ainoã)

PRODUTOS - O preço do litro do leite integral diminuiu em 13 capitais, sendo que Campo Grande teve a quinta maior redução, de aproximadamente 3,12% no índice médio. O órgão sugere que a melhora nas pastagens, por conta das chuvas, pode ter provocado essa queda.

Além disso, a carne bovina de primeira teve o preço reduzido em 11 capitais, por conta do período de entressafra dos rebanhos. Entretanto, no varejo, o movimento foi de redução nas cotações, na maior parte das cidades. Isso ocorre pois, além da sanção chinesa à carne brasileira, os altos patamares de preço da carne bovina de cinco primeiras inviabilizam o acesso de grande parte das famílias brasileiras.

A Capital teve a terceira maior redução, atrás apenas de Natal e Goiânia, já que, em média, houve uma queda de 2,19% na média do quilo desse produto.

Já o quilo do tomate, em média, reduziu 9,48% e é vendido a R$ 6,21, aproximadamente. O leite de caixa ficou 3,12% mais barato, além da carne bovina (2,19%), quilo da batata (1,83%), feijão carioquinha (1,09%) e arroz agulhinha (0,47%).

Contudo, o café em pó teve aumento de 8,19% e é vendido, em média, a R$ 13,22 o pacote de 500 gramas. Também tiveram alta o açúcar cristal (6,39%), banana (3,67%), óleo de soja (3,22%), farinha (3,13%), pãozinho francês (1,01%) e manteiga (0,20%).

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