Comércio de MS tem queda de 4,7% nas vendas, aponta IBGE
Retração ficou acima da média nacional, que foi de 3,1% em agosto
O comércio de Mato Grosso do Sul registrou queda de 4,7% no volume de vendas no varejo em agosto, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quarta-feira (6), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O recuo ficou acima da média nacional de 3,1%.
Essa queda de 4,7% foi dentro da série com ajuste sazonal. Se for comparar a variação com base no mesmo período do ano passado, que é a série histórica sem ajuste, o volume de vendas no Estado cresceu 5,9%.
No acumulado do ano, o índice ficou em 8,4% e o acumulado em 12 meses foi de 8,8%. “Apesar do recuo em agosto, o varejo está 2,2% acima do período pré-pandemia. Esse nível, porém, não é homogêneo entre os setores. Há atividades que ainda não recuperaram as perdas, como material para escritório, informática e comunicação; combustíveis e lubrificantes e tecidos; e vestuário e calçados”, declarou o gerente da PMC, Cristiano Santos.
Por outro lado, quando os pesquisadores consideram o setor de veículos e materiais de construção nas vendas do varejo, Mato Grosso do Sul apresenta o melhor resultado entre as 27 unidades da Federação. O comércio varejista ampliado registrou alta de 15,9% em agosto.
Dados nacionais - Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em agosto, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,0%), que teve a principal influência negativa sobre o indicador do comércio varejista. Essa atividade é composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento.
Também recuaram no período, os setores de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), combustíveis e lubrificantes (-2,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).
As duas atividades que tiveram variação positiva no volume de vendas em agosto foram tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em agosto na comparação com julho. A atividade de veículos, motos, partes e peças teve variação positiva de 0,7%, enquanto material de construção variou negativamente (-1,3%).