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Economia

Dólar fecha estável e bolsa cai em meio a riscos domésticos

Otimismo externo influencia pouco o mercado no Brasil

Wellton Máximo, da Agência Brasil | 23/08/2021 18:51

Em um dia de alívio nos mercados externos, o risco doméstico anulou a queda do dólar e fez a moeda norte-americana fechar estável. A bolsa iniciou o dia em alta, mas fechou em queda após duas valorizações seguidas.

O dólar comercial encerrou a segunda-feira (23) vendido a R$ 5,382, com recuo de apenas 0,05%. Nos primeiros minutos de negociação, a cotação chegou a cair para R$ 5,34, mas inverteu o movimento e chegou a R$ 5,40 na máxima do dia, por volta das 12h30. Ao longo da tarde, a divisa alternou altas e baixas, até fechar próxima da estabilidade.

A moeda norte-americana acumula alta de 3,3% em agosto. Em 2021, a valorização chega a 3,72%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado por incertezas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.472 pontos, com recuo de 0,49%. O indicador está no terceiro menor nível no mês, perdendo apenas para quarta e quinta-feira passadas (18 e 19) . Apenas em agosto, o índice acumula queda de 3,55%.

No exterior, a notícia de que a China não registrou casos de transmissão local de covid-19 pela primeira vez desde julho animou os mercados. O preço de diversas commodities (bens primários com cotação internacional) recuperou-se da queda dos últimos dias.

Apesar do otimismo no mercado externo, que derrubou o dólar em quase todo o planeta, a moeda norte-americana encerrou na estabilidade motivada por fatores domésticos:a  possibilidade de que as tensões políticas se reflitam na aprovação de medidas que reduzam a arrecadação e furem o teto de gastos interferiu nas negociações.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios cria um fundo formado com receitas de privatização, de venda de imóveis e do pré-sal que podem financiar despesas do futuro programa Auxílio Brasil fora do teto de gastos. Sem acordo na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que reforma o Imposto de Renda pode resultar em perda de arrecadação para a União e com o aumento de gastos, com medidas compensatórias para estados e municípios.

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