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Economia

Empresa é autorizada a instalar porto no Rio Paraguai, em Corumbá

Empreendimento prevê um porto em Cáceres e outro em Corumbá, para escoar grãos na hidrovia

Maristela Brunetto | 27/04/2023 17:10
Mais um porto será instalado para ampliar o transporte na Hidrovia. (Foto: Chico Ribeiro/ Governo do Estado)
Mais um porto será instalado para ampliar o transporte na Hidrovia. (Foto: Chico Ribeiro/ Governo do Estado)

A Companhia de Investimentos do Centro-Oeste recebeu aprovação do Ceca (Conselho Estadual de Controle Ambiental) para a obtenção de licença prévia para a instalação de um novo porto em Porto Esperança, distrito de Corumbá, para efetuar navegação no Rio Paraguai. Conforme o Governo do Estado, o Terminal Portuário Paraíso deve ocupar uma área de 100 hectares, com início das operações em 2025, começando com transporte de 600 mil toneladas e previsão de chegar a 1,25 milhão de toneladas de grãos em cinco anos.

A empresa vai construir ainda um porto em Cáceres, no Mato Grosso. O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Corumbá, Cássio Costa Marques, acredita que a empresa embarcará grãos em embarcações menores em Cáceres, onde o leito do rio é mais estreito, conduzir até Porto Esperança, onde transferirá para barcaças maiores e seguir rumo ao Rio Paraná para chegar a portos internacionais.

Ele aponta que era uma proposta antiga, que foi adiada porque durante um período houve um embargo de concessão de licenças ambientais para portos no Rio Paraguai por determinação da Justiça Federal. Quando acompanhou debates, há cerca de dez anos, a ideia era transportar cerca de oito milhões de toneladas/ano.

Costa Marques explica que nos últimos três anos a seca prejudicou a navegabilidade no rio, mas o índice de chuvas deste verão gerou um efeito positivo.

Ele acredita que as mineradoras poderão utilizar a estrutura para também escoar o minério de ferro. Há 4 mineradoras em Corumbá, que juntas produziram quatro milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado, com expectativa de chegar a nove milhões este ano. Em condições normais da hidrovia, cerca de 75% da produção é escoada em embarcações e o restante pela BR-262, uma vez que o transporte ferroviário foi desativado.

Costa Marques analisa que só aumentará o transporte pela rodovia se o nível do Rio Paraguai ficar baixo. Ele considera que a ampliação do transporte pelo rio, com a autorização de mais uma empresa, ajuda a consolidar o transporte hidroviário como um grande modal. Para o secretário, novas tecnologias permitem equipamentos mais seguros e a condição do rio favorece o transporte seguro.

A aprovação do pedido de licenciamento para o novo porto teve parecer favorável do  Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), após análise dos estudos de impactos ambientais e foi unânime. O Governo do Estado noticiou que está pavimentando um acesso da BR-262 a Porto Esperança, que deve favorecer o empreendimento.

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