Endividamento das famílias cai pelo segundo mês consecutivo no Brasil
A queda é pequena, mas mostra a tendência das contas que começam a ficar em dia, aos poucos
O endividamento das famílias brasileiras registrou queda pelo segundo mês consecutivo, sinalizando um alívio nas finanças domésticas. Caiu para 78% em agosto, depois de 78,5% em julho. No ano passado, em agosto, o índice era de 77,4% .
Esse movimento reflete uma combinação de fatores, como o aumento gradual do emprego formal e a desaceleração na concessão de crédito com juros elevados. Especialistas indicam que as famílias têm buscado alternativas para reorganizar suas contas, como renegociações de dívidas e priorização de gastos essenciais.
Embora o cenário ainda demande cautela, com o custo de vida pressionado pela inflação, a redução no nível de endividamento pode indicar uma estabilização financeira para muitas famílias, especialmente as de baixa renda, que historicamente são mais vulneráveis às oscilações econômicas. A expectativa agora é de que, com a manutenção dessa tendência, haja uma retomada do consumo, ainda que de forma tímida, contribuindo para uma recuperação econômica gradual.
O acompanhamento desse movimento, porém, deve ser contínuo, uma vez que fatores como o comportamento dos juros e o controle da inflação terão papel decisivo na manutenção dessa trajetória de melhoria.