Gás natural do 2º maior depósito de gás de xisto do mundo pode chegar a MS
Memorando entre governado do Estado e o Paraguai foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (21)
Um passo importante foi dado para a viabilização da exportação de gás natural da formação geológica de Vaca Muerta, na Argentina, para o Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraguai.
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Um memorando de entendimento foi assinado durante a Cúpula de Governadores para criar um Grupo de Trabalho que vai estudar a viabilidade de exportação de gás natural da formação Vaca Muerta, na Argentina, para Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraguai. O documento, publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (21), prevê análise das condições e infraestrutura necessária para transportar o recurso através do território paraguaio. O acordo tem vigência inicial de seis meses. A iniciativa envolve a província argentina de Neuquén, onde está localizada Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás de xisto do mundo. O governador Eduardo Riedel destacou o potencial para desenvolvimento e atração de indústrias, enquanto autoridades argentinas ressaltaram a importância do projeto para geração de emprego e transformação da matriz energética regional.
Durante a Cúpula de Governadores, realizada nesta quarta-feira (19), foi assinado um memorando de entendimento que estabelece a criação de um Grupo de Trabalho (GT) com a missão de coordenar e acelerar as ações necessárias para tornar o projeto uma realidade no menor prazo possível. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (21).
O GT terá como objetivo principal a análise das condições e viabilidade de exportação de gás natural da província de Neuquén, na Argentina, até o Brasil, incluindo a construção de infraestrutura necessária para o transporte do recurso através do território paraguaio. Além disso, o grupo poderá identificar outros depósitos e reservas de gás que possam complementar o fornecimento para o mercado brasileiro.
A iniciativa, que foi formalizada com a assinatura de autoridades de diferentes países, promete transformar significativamente a matriz energética da região e gerar novos postos de trabalho e oportunidades econômicas para os países envolvidos. A vigência do acordo será de seis meses a contar da data de assinatura, com possível extensão dependendo dos avanços no projeto. Veja o mapa abaixo, do projeto previsto.
Impacto na região - Durante o evento, o ministro de Produção e Desenvolvimento da província de Salta, na Argentina, Júlio San Milan, destacou a relevância do projeto não apenas para os países diretamente envolvidos, mas para toda a região.
"É um projeto de extrema importância e relevância, que vai mudar a realidade da região, com geração de emprego e renda. Além de toda a questão que envolve a matriz energética e tudo que representa para os países envolvidos", afirmou Milan.
O governador, Eduardo Riedel (PSDB), reafirmando o compromisso com a integração regional e o fortalecimento das relações entre os países sul-americanos. "É uma grande oportunidade de desenvolvimento, crescimento, para investimento e instalação de indústrias que possam vir a partir de agora. É o início de uma caminhada para estudar, entender e avaliar as oportunidades", destacou o governador.
Entenda - Vaca Muerta, localizada na província de Neuquén, na Patagônia argentina, é uma das maiores reservas de gás de xisto e petróleo não convencional do mundo, descoberta em 2010.
Essa jazida tornou-se vital para a economia da Argentina, especialmente após a construção do gasoduto Néstor Kirchner, que facilita o transporte de gás para o mercado interno e para o Brasil.
A exportação de gás pode fortalecer a integração energética entre os dois países, mas enfrenta desafios, como altos investimentos, impactos ambientais e questões sociais relacionadas a essa parceria.
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