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Economia

Governo importa arroz e promete quilo a R$ 4, mas MS fica fora da lista

A primeira remessa de arroz importado será encaminhada para sete estados, o que não inclui MS

Por Izabela Cavalcanti | 15/05/2024 16:17
Supermercado de Campo Grande coloca aviso limitando compra de arroz (Foto: Geniffer Valeriano)
Supermercado de Campo Grande coloca aviso limitando compra de arroz (Foto: Geniffer Valeriano)

O Governo Federal autorizou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a importar até um milhão de toneladas de arroz em 2024. Também foi fixado o valor máximo de R$ 4 pelo quilo em alguns estados, mas Mato Grosso do Sul ainda não está na lista. A medida foi tomada por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do País.

A primeira remessa será destinada à venda para pequenos varejistas e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional das regiões metropolitanas dos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará e Ceará.

Em cada fase será realizado um levantamento para determinar quais estados serão beneficiados.

Na terça-feira (14), o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária); MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e o Ministério da Fazenda publicaram no Diário Oficial da União, uma portaria estabelecendo os parâmetros para a compra de arroz com o objetivo de enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes de eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.

“O governo do presidente Lula garante um preço mais justo aos consumidores brasileiros: arroz a R$ 4 o quilo. Esse é o preço que o consumidor vai pagar do arroz que o governo brasileiro está importando, para abastecer o mercado nacional. Vai fazer com que diminua o custo de vida, já que o arroz é muito importante na refeição do povo brasileiro”, disse o ministro Paulo Teixeira, do MDA.

A primeira aquisição do cereal é de até 104.034 toneladas de arroz importado da safra 2023/2024. O leilão está marcado para o dia 21 de maio. Para esta compra, foram previstos R$ 416,1 milhões, e outros R$ 100 milhões para as despesas relativas à equalização de preços para a venda do produto.

Segundo o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, a iniciativa serve para evitar a alta nos preços. Ele informou também que o arroz importado não irá concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para pequenos mercados.

A previsão é de que os produtos sejam descarregados nos portos de Santos; Salvador; Recife; e Itaqui, e deve ser empacotado em embalagem de 2 quilos padronizada com a marca do Governo Federal.

O Campo Grande News entrou em contato com a Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados) para repercutir o assunto, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.

Racionamento – Alguns supermercados de Campo Grande já estão racionando arroz, limitando a compra por consumidor.

Exemplo disso é o supermercado Santo Antônio, localizado no Maria Aparecida Pedrossian. “Senhores clientes, está limitado cinco unidades de arroz”, diz o aviso. A reportagem tentou contato com supermercado, mas ninguém quis falar.

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