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Economia

Inflação oficial sobe para 0,56% em outubro, diz IBGE

Taxa é maior do que as observadas no mês anterior (0,44%)

Por Gustavo Bonotto | 08/11/2024 23:41
Homem analisa preço de produtos em supermercado da Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Homem analisa preço de produtos em supermercado da Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador da inflação no Brasil, registrou uma taxa de 0,56% em outubro de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado é superior ao observado em setembro, quando a taxa foi de 0,44%, e também ao de outubro do ano passado, que teve variação de 0,24%.

Com isso, o IPCA acumula um aumento de 4,76% nos últimos 12 meses, superando a inflação de 4,42% registrada até setembro e ultrapassando o teto da meta de inflação de 4,50% estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Nos dez primeiros meses de 2024, a inflação acumulada é de 3,88%.

A alta registrada em outubro foi principalmente impulsionada pelos aumentos nos preços dos itens de habitação e alimentação. O grupo de despesas com habitação teve uma variação positiva de 1,49%, com destaque para o aumento de 4,74% na energia elétrica, influenciado pela aplicação da bandeira tarifária vermelha 2, que vigorou até o final de outubro.

No entanto, a partir de novembro, a tarifa será reduzida para a bandeira amarela, com a cobrança de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, contra R$ 7,87 da bandeira vermelha 2.

No grupo alimentação e bebidas, o IPCA registrou alta de 1,06%, sendo o aumento das carnes a principal responsável por essa elevação, com variação de 5,81%. As carnes como acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%) lideraram os aumentos. O tomate (9,82%) e o café moído (4,01%) também contribuíram para o avanço dos preços no setor alimentício.

De acordo com André Almeida, pesquisador do IBGE, a alta nas carnes é explicada tanto por fatores climáticos, como a seca que afetou a produção, quanto por uma oferta restrita devido ao aumento das exportações.

Por outro lado, o grupo de transportes foi o único a apresentar deflação (queda de preços), com uma variação negativa de -0,38%. A redução foi puxada principalmente pela queda nos preços das passagens aéreas (-11,50%), transporte ferroviário (-4,80%) e passagens de metrô (-4,63%). Também houve recuo nos preços dos combustíveis, como o etanol (-0,56%), o óleo diesel (-0,20%) e a gasolina (-0,13%).

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