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Economia

Ministério Público investigará demissões no JBS/Bertin

Redação | 13/09/2010 11:17

O STICCG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande) pediu para o MPT (Ministério Público do Trabalho) investigar a demissão de 180 funcionários do JBS/Bertin, na semana passada.

O vice-presidente da entidade, Vilson Gimenes Gregório, protocolou o pedido na sexta-feira. O sindicato garante que as demissões tiveram motivação política.

Os trabalhadores entrariam em greve amanhã, alegando descumprimento de acordo, mas vão aguardar o pronunciamento do MPT.

No documento entregue ao Ministério Público, o sindicato explica que realizou assembleia geral dia 24 de agosto, com trabalhadores do Bertin que teriam autorizado o sindicato a deflagrar greve na empresa por descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho 2010/11.

Em seguida, a entidade enviou ofício à empresa notificando a decisão tomada pelos trabalhadores.

"Temos informações de que a empresa teria feito a demissão dos 180 funcionários e que outros mais seriam demitidos caso a greve se confirmasse", comentou Gimenes.

"Não temos dúvida de que a empresa está praticando ato anti-sindical, uma vez que está ameaçando os trabalhadores e trabalhadoras de sua indústria a não participarem da greve noticiada pelo sindicato que os representa", argumenta o sindicato no documento encaminhado ao Ministério Público do Trabalho.

Os demitidos atuavam em diversos setores, sendo a maioria, 70 pessoas, do setor de abate. A unidade 2 do frigorífico foi inaugurada oficialmente em outubro do ano passado e tem 2 mil funcionários.

O JBS/Bertin alega que as demissões têm relação com a suspensão das importações de carne por parte da Rússia.

As importações de carne bovina de três unidades brasileiras do frigorífico JBS Friboi: Campo Grande e Naviraí, em Mato Grosso do Sul, e Barra do Garças, em Mato Grosso, foram suspensas dia 8.

O sindicato pediu urgência na fiscalização do frigorífico que ameaça demitir novos funcionários.

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