Na Capital, queda no preço dos alimentos desacelera inflação mensal
Valor de junho resultou na menor variação desde 2017, informa o IBGE
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (11) a variação do IPCA, índice que mede o preço de produtos ao consumidor, para o mês de junho na Capital. O valor foi de -0,14%, 0,44 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,30%).
De acordo com o estudo, esta foi a menor variação desde 2017. O resultado foi influenciado pela queda do preço de alimentação e bebidas (-1,05%), artigos de residência (-0,76%), habitação (-0,14%) e transportes (-0,03%).
No lado das altas, vestuário (1,06%), saúde e cuidados pessoais (0,58%), e despesas pessoais (0,21%) registraram os maiores avanços. Educação (0,09%) e comunicação (0,02%) completaram o índice.
Segundo o economista e superintendente da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio) José Eduardo Corrêa dos Santos, o cenário inflacionário local tem se mantido muito próximo à realidade nacional.
"Após meses de políticas monetárias rígidas por parte do Banco Central, os preços começam a desacelerar, se situando dentro da meta estabelecida pelo próprio Banco, de 3,25% ao ano. Em um cenário de inflação mais baixa, aliada à situação de pleno emprego que Campo Grande tem experimentado, ajudam a melhorar as perspectivas para a economia municipal no segundo semestre", discorreu.
Vale ressaltar que foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2023, com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.