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Economia

No 15º dia de greve, bancários realizam protesto em Campo Grande

Fernanda Yafusso e Anny Malagolini | 20/09/2016 19:25
Manifestação teve a participação de 100 funcionários que se reuniram em frente ao Banco do Brasil (Foto: Anny Malagolini)
Manifestação teve a participação de 100 funcionários que se reuniram em frente ao Banco do Brasil (Foto: Anny Malagolini)

Aproximadamente 100 funcionários de unidades bancárias participaram na tarde desta terça-feira (20), em Campo Grande, de uma mobilização nacional em protesto contra a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A categoria reivindica uma nova rodada de negociação sobre reajustes salariais, além da cobrança de implantação de políticas sociais dentro dos bancos.

O bancário Orlando Almeida, que está participando da caminhada, afirma que ainda não há previsão para a o término da greve. "Ano passado a nossa paralisação durou 21 dias e acreditamos que esse prazo irá se repetir, afinal já estamos há duas semanas lutando pelos direitos da categoria".

Em Campo Grande, a caminhada iniciou às 16 horas na agência do Banco Bradesco da rua Marechal Rondon com a rua 13 de Maio e seguiu até a agência do Banco do Brasil, da avenida Afonso Pena esquina com a rua 13 de Maio. O manifesto busca alertar a população sobre os direitos que a categoria possui como trabalhadores.

Greve - As negociações com a Fenaban não tiveram avanços e o protesto serve para demostrar a indignação da categoria com as negociações com a Fenaban. Após oito rodadas de reuniões, os bancos oferecem um reajuste de 7%, índice abaixo da inflação, mesmo com lucros exorbitantes de R$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano. Já a categoria reivindica 14,78%, sendo que apenas 5% é ganho real.

Para o presidente do Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande), Edvaldo Barros, a Fenaban precisa apresentar uma proposta que realmente contemple toda a categoria.

"61% das categorias de setores da economia menos lucrativos tiveram reajuste igual ou superior à inflação no primeiro semestre deste ano. Por isso, é inadmissível que o setor mais lucrativo desse país trate com tanto descaso os seus funcionários, impondo perdas de 2,39% aos bancários, já que insistem em não repor a inflação. Além disso, enquanto não obtivermos uma resposta da Fenaban nossa resposta está nas ruas, nas agências, com a nossa greve aumentando".

O presidente do sindicato lembra ainda que os banqueiros querem negociar outras questões importantes, como: mais funcionários nas agências, para que a população seja atendida nas unidades bancárias e sem filas; mais segurança, como forma de prevenção contra assaltos e sequestros; melhores condições de trabalho; entre outros.

De acordo com o sindicato, pelo menos 138 unidades bancárias estão sem atendimento em Campo Grande e região. Número que representa 86% das 160 agências existentes.

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