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Economia

Rota Bioceânica em MS vai levar 4 anos para conclusão e demandar R$ 130 milhões

Previsão é do próprio Governo do Estado que vai precisar executar várias obras de infraestrutura até viabilizar corredor

Rosana Siqueira | 15/02/2020 09:23
Obras na região do Transchaco seguem em ritmo acelerado do lado paraguaio. (Arquivo)
Obras na região do Transchaco seguem em ritmo acelerado do lado paraguaio. (Arquivo)

O sonho da Rota Bioceânica ainda vai demandar pelo menos R$ 130 milhões do Governo do Estado por meio do orçamento da União e mais uns 4 anos. A previsão é do próprio Governo do Estado. O tema foi abordado ontem pelo governador Reinaldo Azambuja que recebeu embaixadores membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) – bloco econômico integrado por Brunei, Camboja, Singapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.

No período da tarde, os embaixadores participaram da I Reunião Embaixadores do Asean – Mato Grosso do Sul, na Casa da Indústria, na Capital, onde receberam informações sobre rota bioceânica, a produção e as oportunidades de investimento e relações comerciais com Mato Grosso do Sul.

Apesar de já serem parceiros comerciais do Estado, os países do sudeste da Ásia têm condição de ampliar as relações comerciais do Estado, na avaliação do governador Reinaldo Azambuja.

“São parceiros, mas a parceria ainda está muito aquém da capacidade que temos de ampliar negócio. Temos condição de vender muito mais. Mato Grosso do Sul é um dos grandes exportadores do Brasil, então, o objetivo de trazer esses embaixadores do sudeste asiático é conhecer a produção sul-mato-grossense, a escala industrial, principalmente a qualidade dos nossos produtos. Nós temos produtos industrializados da melhor qualidade, com sanidade, com controle, sem agredir o meio ambiente”, afirmou o governador.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, as obras da rota bioceânica seguem em ritmo acelerado. A principal delas é a ponte sobre o rio Paraguai. Os dados foram apresentados durante reunião com embaixadores do sudeste asiático que hoje estão conhecendo fazendas próximas a Campo Grande.

Reunião do governador secretários e embaixadores asiáticos. (Chico Ribeiro)
Reunião do governador secretários e embaixadores asiáticos. (Chico Ribeiro)

Infraestrutura - Segundo o titular da Semagro, neste primeiro momento são fundamentais os investimentos de infraestrutura. ”Este é o ponto fundamental para estabelecer a rota no caso da ponte isso já está definido. Precisamos alocar recursos para fazer o acesso a ponte e também na melhoria viária de toda a estrutura de Campo Grande a Porto Murtinho e outras vicinais também. Então o primeiro passo que estamos dando é investimento m infraestrutura para se viabilizar para se ter redução de custo pretendida no médio prazo”, destacou durante reunião na Fiems.

Ele destacou que a ponte que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta tem previsão de US$ 75 milhões.“Este recurso já está apropriado pela Itaipu Binacional. Os acessos e todas as rotatórias tem necessidade de mais de R$ 130 milhões que virão do orçamento da União. Por isso decidiu-se fazer o estudo e depois a alocação de recursos que deverá aportar no mínimo este valor para a gente viabilizar a Rota Bioceânica só o Brasil, fora os investimentos que estão sendo feitos no Paraguai. Chile e Argentina”, enfatizou.

A previsão é de inaugurar a ponte em novembro de 2023. “Estamos abrindo no dia 29 de março os envelopes da empresa contratada para fazer o projeto da ponte. As obras no Paraguai avançam muito rapidamente. Então, todo o projeto, toda a questão de alfândega, toda discussão, é que no início de 2024 a rota já comece a exportar produtos para o Chile e consequentemente para países asiáticos. Nós temos monitorado muito fortemente esse cronograma, junto com o Ministério das Relações Exteriores e com Paraguai, Argentina e Chile. Acreditamos que a rota é uma realidade, os investimentos estão ocorrendo e, por isso, nós precisamos rapidamente ver que produto é competitivo para assim que ela for inaugurada ter fluxo de produtos e pessoas”, declarou Verruck.

Verruck destaca que a efetivação dos acordos de exportação só vão ocorrer se a rota for competitiva. “A redução de custos de 20% só se viabiliza se conseguir chegar com os produtos de forma mais competitiva”.

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