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Economia

STF confirma regras mais duras para conceder benefícios como pensão por morte

Apenas cônjuges e companheiros a partir de 44 anos têm direito ao pagamento vitalício

Por Ângela Kempfer | 29/10/2024 14:45
Em caso de morte, continua valendo idade de mais de 44 anos para pensão vitalícia.
Em caso de morte, continua valendo idade de mais de 44 anos para pensão vitalícia.

Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal acaba de confirmar a validade das normas que endureceram as regras para a concessão de pensões por morte e outros benefícios como o seguro-desemprego e o seguro defeso, mudanças introduzidas em 2015 no governo Dilma Rousseff.

O ponto principal? Agora, só quem tem 44 anos ou mais pode receber a pensão por toda a vida. Para cônjuges e companheiros mais jovens, o pagamento varia conforme a idade, com prazos que vão de três anos a até a pensão vitalícia. E tem mais: se o casamento ou união tiver durado menos de dois anos, o pagamento é de apenas quatro meses.

O Partido Solidariedade tentou barrar essas mudanças no STF, argumentando que elas ferem o princípio de que direitos sociais não podem retroceder. Mas o relator do caso, o ministro Dias Toffoli, defendeu as alterações como necessárias para manter o equilíbrio das contas da Previdência e garantir a sustentabilidade do Fundo de Amparo ao Trabalhador, responsável pelo seguro-desemprego e seguro defeso.

Ah, e o seguro-desemprego? A nova lei agora exige um vínculo de trabalho de, no mínimo, 12 dos últimos 18 meses na primeira solicitação. E, no caso dos pescadores, o seguro defeso só é pago se o registro de pescador artesanal tiver pelo menos um ano.

Nem todos concordaram. Os ministros Edson Fachin, Flávio Dino e a ministra Cármen Lúcia votaram contra as novas regras do seguro-desemprego, mas a maioria do STF seguiu com a decisão, dando o aval para as mudanças continuarem em vigor.


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