Taxa de desemprego cai para 6,5% em MS, mas ainda atinge 93 mil pessoas
MS teve menor índice de desocupação do País, mas registrou aumento na informalidade, segundo pesquisa do IBGE
Mato Grosso do Sul registrou em 2019 a terceira menor taxa de desemprego do País, 6,5% no último trimestre do ano. Até o final de dezembro, o Estado tinha 93 mil pessoas desempregadas, diante de 108 mil do trimestre anterior. Uma queda de 14% na comparação entre os períodos.
A desocupação também caiu no último trimestre de 2019 ano passado em relação a 2018, quando no mesmo período o desemprego rondava os 7,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (14) pelo IBGE. A população ocupada também aumentou no Estado para 1,329 milhão de pessoas.
No País a taxa de desocupação no 4º trimestre foi de 11,0%, caindo 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre de julho-setembro (11,8%). Já a taxa média anual recuou de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019.
As maiores taxas foram observadas na Bahia (16,4%), Amapá (15,6%), Sergipe e Roraima (14,8%) e as menores em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,4%) e Mato Grosso do Sul (6,5%). Entre as médias anuais, as maiores taxas ficaram com Amapá (17,4%) e Bahia (17,2%) e a menor com Santa Catarina (6,1%), seguida por Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, todos com 8,0%.
No 4º trimestre de 2019, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 16,2% em MS.
O número de desalentados no 4º trimestre de 2019 em MS foi de 39 mil, ou 6,4% superior ao trimestre anterior.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada ficou em 74% do total de empregados no setor privado do Estado. O número de pessoas trabalhando por conta própria no Estado ficou em 22,5%.
Informalidade - Apesar da queda no desemprego, em 2019, a taxa de informalidade – soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar – atingiu seu maior nível desde 2016 no Brasil (41,1%) e também em 20 estados. Inclusive em MS onde o índice de 37,1% para 37,8%.
A taxa média nacional de informalidade foi superada em 18 estados, variando de 41,2%, em Goiás, até 62,4% no Pará. Em 11 desses 18 estados, a taxa de informalidade ultrapassou 50% e apenas Distrito Federal (29,6%) e Santa Catarina (27,3%) tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que há uma relação entre o aumento da população empregada no país e o aumento da informalidade.
“Mesmo com a queda no desemprego, em vários estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, explica Adriana. “Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, observa.