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Economia

Vendas on-line viram estratégia para alavancar negócios durante crise

Mariana Castelar | 09/04/2016 09:16
Com a loja virtual desde novembro, Fernanda Couto inaugurou a loja física em janeiro deste ano (Foto: Fernando Antunes)
Com a loja virtual desde novembro, Fernanda Couto inaugurou a loja física em janeiro deste ano (Foto: Fernando Antunes)

Contra a maré ruim da economia brasileira, as vendas pela internet chamadas de e-commerce, cresceram 22% em todo o ano de 2015 e registrou faturamento nacional de R$ 48,2 bilhões, de acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Para este ano, a expectativa é que o setor cresça mais 18% e alcance a marca de R$56,8 bilhões.

Por ser um comércio flutuantes, não há como mensurar as compras de forma regional, no entanto, o diretor de Tecnologia do Grupo WTW, Kenneth Corrêa, aponta que historicamente Mato Grosso do Sul, representa 1% a 1,5% desta parcela. “Pode parecer pouco, mas não podemos comparar nosso Estado com mercados como o de São Paulo”.

Segundo ele, de 2014 para 2015, este segmento teve um crescimento de 15%, enquanto as lojas físicas tiveram queda de 5%. “Aqueles que tem a loja física e a virtual estão tentado ver como podem aumentar suas vendas on-line porque estão vendo que é um segmento que vale a pena investir”. Segundo Kenneth, o interesse por este segmento vem crescendo com o decorrer dos anos.

O motivo dessa disparidade de faturamento entre loja física e virtual é a competitividade nos preços, de acordo com o consultor técnico do Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ), Edgar Ramos.

“Além das lojas virtuais terem valores mais baratos, é possível você comprar em sites sem ter que esperar para chegar na loja. Os clientes estão pesquisando mais e mais exigentes também”.

Todos os vestidos estão disponíveis nas redes sociais da loja (Foto: Fernando Antunes)
Todos os vestidos estão disponíveis nas redes sociais da loja (Foto: Fernando Antunes)

Edgar explica que dependendo do produto a ser escolhido, uma loja virtual de Campo Grande que queira entregar em todo o país acaba saindo em desvantagem por conta da logística e também do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) que é mais alto que alguns estados. “A diferença de imposto de Campo Grande e São Paulo, por exemplo, chaga a cerca de 5% maior”.

Para driblar estes pontos, Edgar fala que muitos empresários do Estado estão focados na região. “Há clientes do interior que vendem para Campo Grande”.

E foi pensando no crescimento deste mercado, a estudante de economia, Fernanda Couto Ajala, de 24 anos montou sua página voltada em aluguéis de vestidos de festa. Inaugurada em novembro do ano passado, o “Alugue Seu Dress” tem crescido cerca de 50% por mês, e por conta disso a empresária abriu uma loja física em janeiro deste ano.

“Atendo com agendamento e vou levar na casa da pessoa, mas como nosso público é 100% on-line, as pessoas também sentiam necessidade de ter um lugar para experimentar, por conta disso, o espaço foi montado”

Com dez anos de mercado e realizando cerca de mil entregas mensais, Antônio Branco está com a empresa Tereré Shop há dez anos. O empresário, que também tem uma loja física, conta que só no primeiro ano, a loja cresceu quase o dobro. “Não imaginávamos que tinha tanto sul-mato-grossense e apreciadores de erva mate fora do Estado”. Segundo ele, o produto já foi exportado para Austrália, Canadá, Espanha e EUA.

Tereré Shop começou com a vender pela internet há dez ano e hoje entrega em todo o país, além da Austrália, Canadá, Espanha e EUA. (Foto: Fernando Antunes)
Tereré Shop começou com a vender pela internet há dez ano e hoje entrega em todo o país, além da Austrália, Canadá, Espanha e EUA. (Foto: Fernando Antunes)
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