Atual gestão da UFMS divide lista tríplice com chapas que tentou impugnar
Comunidade acadêmica ainda aguarda homologação da consulta pública, em que o atual reitor, Marcelo Turine, foi o mais votado
Candidata a reeleição e mais votada na consulta feita à comunidade universitária da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a chapa 2 “Todos Somos + UFMS” tentou impugnar a candidatura dos outros dois nomes que compõem a lista tríplice definida em eleições, na última sexta-feira. O colégio eleitoral ainda não homologou o resultado da votação a ser encaminhado para definição do governo Federal.
A situação, formada pelo atual reitor, Marcelo Turine, professor da Facom (Faculdade de Computação), e a vice Camila Ítavo, docente da Famez (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia), venceu a consulta com 42% dos votos.
Neste ano, a consulta foi feita de forma virtual em virtude da suspensão das aulas presenciais, durante a pandemia do novo coronavírus.
Também entrou na lista, com 24,45% dos votos, a Chapa 3, “UFMS + Vozes”, encabeçada pelo professor Lincoln Carlos de Oliveira, do Inqui (Instituto de Química), com o professor José Antônio Menoni, do CPTL (Campus de Três Lagoas).
Após denúncia de apoiadores da chapa 2, a candidatura recebeu recomendação da Comissão de Ética para utilizar a lista de e-mail institucional apenas para apresentar propostas, portanto, sem questionar a atual gestão. Os candidatos haviam divulgados dados divergentes dos apresentados pela administração em campanha institucional.
O estudo do Dieese-MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Escritório Regional de Mato Grosso do Sul), mostrava que a UFMS manteve sua nota quatro em avaliações do IGC (Índice Geral de Cursos) no período 2007-2018. O desempenho mediano, portanto é distante do que vem sendo mostrado pela atual administração em campanhas que a colocam como um das melhores do Estado e do País.
Também sofreu tentativa de impugnação a Chapa 5, denominada "Eficiência e Inovação". Com 4,95% dos votos, a candidatura encabeçada pela professora, Lídia Maria Lopes Rodrigues Ribas, da Fadir (Faculdade de Direito) e de Günter Hans Filho, da Faculdade de Medicina, como vice, foi acusada de plágio na proposta de campanha.
A dupla, no entanto, apresentou a defesa tendo parecer favorável na Comissão de Ética e na Comissão Executiva Central. “Ao se defender, a própria comissão de ética, de imediato diz que não há ilícito e não houve plágio. Se não há ilícito e não houve plágio, então não há penalidade”, defendeu a professora Lídia.
Disputa - Inicialmente, cinco chapas se inscreveram no pleito desde ano para concorrer a reitoria da UFMS. No entanto, a composição denominada “UFMS para Tod@s”, retirou a candidatura após denúncia de plágio em projeto de propostas.
O titular da chapa era o médico ortopedista e professor da universidade, Augustin Malzac, e tinha como candidata à vice-reitora, a professora Marta Rios Alves Nunes da Costa. Ambos retiraram a candidatura, e assumiram erro na elaboração do projeto de propostas.
Apenas a chapa 1, “Cultura, Ciência e Consciência", formada pelas professoras Beth Bilange, da Fach (Faculdade de Ciências Humanas), e Lucilene Machado, do Cpan (Campus do Pantanal) não teve queixas da atual gestão levadas às comissões responsáveis por garantir a lisura da consulta.
A reunião do Colégio eleitoral agendada para esta sexta-feira, 24, foi adiada para o dia 27, segunda-feira.