Com educação bilíngue na rotina, Halloween vira tradição em escolas
Mas escolas tem de administrar preocupação de alguns pais religiosos que não gostam da comemoração do Dia das Bruxas
A espera dos estudantes pelo 31 de outubro mostra que o Halloween, ou Dia das Bruxas, já virou tradição em algumas escolas de Campo Grande, especialmente, nas bilíngues. Nesta quinta-feira, muitas crianças deixaram os uniformes de lado e foram estudar fantasiadas. Para os educadores, esta é mais uma forma de ensinar sobre outras culturas.
A diretora do Colégio Harmonia, Regina Martins explica que os alunos celebram não só o Halloween, mas todas as datas comemoradas pelos norte-americanos. “O foco é a aprendizagem. Estas datas são muito esperadas pelos alunos e com as festas eles ampliam o vocabulário e a fluência na língua”, diz.
Mesma avaliação faz a coordenadora pedagógica da Mapple Bear, Thaís Araújo. “O objetivo da festa é cultural. Por se tratar de algo muito tradicional em países da língua inglesa não poderíamos deixar de fora”.
Preocupação - Thaís confirma a preocupação de alguns pais religiosos com a comemoração do Dia das Bruxas. “Todos os anos algumas famílias nos procuram. Explicamos que o colégio é laico e não há nada atrelado à religião”. Segundo ela, a ideia é trabalhar a diversidade cultural.
O uso de fantasias para comemorar a data não é obrigatório, mas ao que tudo indica a maioria das crianças gosta de aderir à moda do Halloween. Em um rápido passeio pelas unidades é possível encontrar muita máscara, pintura no rosto, fantasias com referências aos filmes de terror mais recentes e chapéus de bruxas.
Luis Gustavo, de 8 anos, foi para escola com lente de contato vermelha e fantasia do palhaço Pennywise. Ele conta ter conseguido aquele efeito nos olhos após ir até uma clínica para colocação das lentes. “Eu gosto muito do Halloween e do Crazy Hair Day”, disse em referência a outra festa comemorada naquela escola.
Para ele, a melhor parte da festa é a possibilidade de ir fantasiado, mas ele cita também ter aprendido sobre Halloween nas aulas de história, ciência e até matemática.
Quem também gosta de usar as fantasias do “Dia das Bruxas” é Isabelle Menin, de 10 anos. “É a minha festa favorita”, diz. As ideias da roupa são dela, mas para a produção ela conta com ajuda da mãe.
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