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Educação e Tecnologia

Sem verbas, universidades e institutos em MS correm risco de atrasar contas

Corte de verbas anunciado em maio pelo MEC irá impactar no custeio do 2º semestre; UFMS tem dinheiro até fim deste mês

Silvia Frias | 02/09/2019 09:42
Em maio, acadêmicos da UFMS fizeram protesto contra o corte de verbas (Foto/Arquivo: Marina Pacheco)
Em maio, acadêmicos da UFMS fizeram protesto contra o corte de verbas (Foto/Arquivo: Marina Pacheco)

Setembro é o mês decisivo para as universidades e institutos públicos em Mato Grosso do Sul, depois do corte de verbas anunciado pelo governo federal. Depois deste prazo, mesmo com ajuste orçamentários já realizados, não há garantia de verba para pagamento de água, luz e até projetos de pesquisa.

No total, as três instituições perdem R$ 59 milhões com o anúncio de 30% no corte de verbas determinado pelo MEC (Ministério da Educação). Essa redução faz parte de grande contingenciamento de R$ 30 bilhões previstos pelo governo federal.

Em nota, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) reforça que a medida representa corte de R$ 29,7 milhões e, caso não ocorram novas liberações de recursos, o impacto será inevitável. “A última liberação garante o funcionamento no mês de setembro”, informou.

A universidade sofreu o segundo maior corte entre as instituições de todo o país. Foram 52% dos recursos discricionários autorizados. Além dos R$ 29 milhões do MEC, valores de emendas parlamentares também estão suspensos e totalizam corte de R$ 80 milhões para custeio da universidade. A medida levou acadêmicos a protestar nas ruas.

No IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), foram feitos ajustes orçamentários que permitiram a normalidade dos trabalhos, como assistência estudantil, pagamento de bolsas e auxílios, manutenção dos serviços de limpeza e vigilância e custeio (água, luz e telefonia). O corte anunciado foi de R$ 16,9 milhões.

“Caso esse percentual de liberação venha a ser mantido no mês de setembro (...) o IFMS precisará adotar medidas como o redimensionamento da força de trabalho de colaboradores, além da revisão de contratos e de ações planejadas até dezembro”, divulgou a instituição.

Em Dourados, foram R$ 12,4 milhões a menos, além do bloqueio de R$ 19 milhões em emendas parlamentares. A perspectiva é de agravamento da situação no segundo semestre.

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