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Entrevistas

Camila Jara quer tarifa zero e centros de diagnósticos em várias regiões

Deputada federal e candidata à prefeitura pelo PT é a 5ª entrevistada em série das eleições 2024

Por Caroline Maldonado | 30/08/2024 13:42

Candidata à Prefeitura de Campo Grande, a deputada federal Camila Jara (PT) quer trabalhar para que a cidade tenha ônibus gratuitos, centros de diagnósticos em diversas regiões, psicólogos nas escolas, além de aumentar em 50% as unidades de ensino integral e interligar parques urbanos. Ela faz questão de dizer que apresentou pela primeira vez um projeto para criação do Hospital Municipal em Campo Grande e fala sobre outros temas ao participar da série de entrevistas do Campo Grande News para as eleições de 2024, nesta sexta-feira (30). Veja o vídeo completo acima.

Camila destaca que entrou na política com dois valores muito claros, de que o mundo não é igual para todos e da importância de juntar-se a outros para transformar a vida das pessoas. Neta de uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores, Narcisa Canhete Jara, a candidata conta como a relação da família com a militância influenciou toda a sua trajetória e a motiva para continuar galgando degraus na política.

Eleita vereadora em 2020, antes de terminar o mandato na Câmara Municipal, Camila candidatou-se à deputada federal e venceu. Ela defende que o pouco tempo nos mandatos não é impeditivo para ser prefeita e executar um bom plano de governo.

“Eu falo que tem que ter coragem, justamente por isso, porque tem que ter coragem para encarar, para se levantar, para mostrar que a gente pode fazer política de um jeito diferente. Todos esses mandatos que eu ocupei, a gente teve esse compromisso de mostrar que a gente pode se eleger sem dinheiro, que a gente pode vir de baixo, que a gente pode cumprir todas as propostas em dois anos, como eu cumpri enquanto vereadora, que a gente pode ter mais de 300 propostas legislativas, como eu estou tendo como deputada federal”, diz Camila.


Mercado de trabalho 

Sobre o desafio constante da Capital em preencher vagas de emprego que estão sobrando, a deputada fala em fortalecer o ensino técnico e a EJA (Educação para Jovens e Adultos), além de criticar o que chama de “subempregos”.

“A gente tem uma demanda muito grande do setor de tecnologia, que é um setor que vai muito bem e, ao mesmo tempo, a gente está fechando a sala de aula do EJA. Olha o descenso, então a gente tem um setor de tecnologia que quer mão de obra e precisa de uma mão de obra qualificada, a gente fecha a sala de aula do EJA que poderia preparar aquele estudante, que é o estudante trabalhador, que teve que deixar a escola por uma série de condições que a gente impôs para a vida”, diz.

Transporte e planejamento urbano

Camila diz que se inspira no caso de Bogotá, na Colômbia, por ser uma cidade com problemas sociais parecidos com os do Brasil, em especial para criação de parques interligados. Ela também é a favor da finalização dos corredores de ônibus na Capital, além de defender o estímulo a outros meios de transporte.

“A gente já tem alguns parques urbanos, a gente vai interligar eles, garantindo que os nossos animais consigam ter espaços de locomoção, sem ter aqueles atropelamentos. Mais do que isso, esses parques urbanos vão oferecer facilidade de locomoção, então vão melhorar a mobilidade urbana e vão ter aparelhos institucionais para a população”, diz a candidata.

Multas de trânsito e outros recursos podem ser usados para financiar a tarifa zero proposta no plano de governo. O contrato entre a prefeitura e a concessionária de transporte coletivo, a Guaicurus, é “obsoleto”, na avaliação de Camila.

Mudar completamente a forma de viabilizar o transporte, aumentar o número de linhas nos bairros e centro e investir nos corredores de ônibus são metas na busca por solução para o transporte, nos planos da candidata.

“Depois disso, pensar outra alternativa para o transporte público de Campo Grande, a estudar uma medida de impacto de viabilidade do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), por exemplo. É caro, mas se isso foi uma prioridade para a gestão, depois da gente conseguir equalizar todos os outros pontos, é extremamente eficiente e a gente vai colocar Campo Grande dentro do século XXI”, diz.


Questão indígena

Questionada sobre os posicionamentos divergentes entre ela e o candidato a vice-prefeito, o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o “Zeca do PT”, quando o assunto é a questão da briga entre fazendeiros e indígenas pela terra, Camila diz que não irá “titubear” na construção de políticas públicas para os povos originários, caso seja eleita, e lembra que a chapa tem a terena Vastir Eloy Amado, a “Val Eloy”, concorrendo ao cargo de vereadora.

“O Zeca é um parceiro nesse projeto, nós estamos juntos com a experiência dele para que a gente construa uma Campo Grande melhor. Agora, dentro do partido dos trabalhadores, a gente sempre teve uma série de divergências. O Zeca, enquanto governador do Estado, teve um trabalho muito grande pela questão indígena e eu posso te assegurar que dentro do nosso mandato da prefeitura a gente não vai titubear na construção de direitos para a população indígena”, disse a deputada.

A candidata também fala em trabalhar para erradicar a pobreza extrema, ocupar o Centro de Campo Grande com atividades culturais e habitantes para fazer a região reviver. Camila quer ainda garantir o cumprimento da lei que prevê psicólogos nas escolas e se preocupa com políticas que garantam a alimentação adequada das crianças para que possam “conseguir aprender e ter a oportunidade de se desenvolverem”.

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