Maioria acha que vacina da covid tem de ser obrigatória a servidores públicos
Estados e cidades podem instituir formas de incentivar vacinação, a fim de evitar casos graves da covid
A maioria dos leitores que responderam enquete, 62%, acredita que a vacinação contra a covid-19 teria de ser obrigatória a servidores públicos. Os demais 38% são contrários a esta exigência, que, até o momento, não ocorre em Mato Grosso do Sul, como um todo, ou Campo Grande.
Nos comentários, por exemplo, concordam com essa exigência tanto a leitora Angelina de Souza, que afirma que "irresponsáveis colocam em risco os demais servidores", quanto o leitor Diego Menezes, que avalia ser um "direito coletivo e não uma opção individual".
O leitor Diego Maderal acredita, ainda, que a medida teria de ser mais abrangente. "Tem que ser para todos."
Já a leitora Marlene Pellat comenta que os indivíduos que recusarem o imunizante teriam de se responsabilizar, caso tivessem de ser internados em terapia intensiva. "Se a pessoa não quer vacinar, de boa. Mas que se responsabilize, pela sua escolha, e no caso de necessidade de UTI e atendimento público, não tenha direito por negligência."
Vale lembrar que as vacinas em geral - autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Saúde e uma série de autoridades nacionais e mundiais -, têm capacidade de reduzir os casos graves da doença, que incluem hospitalização, ou até mesmo, morte.
Além disso, caso a população esteja vacinada em larga escala, a chance de novas variantes surgirem também reduz.
O leitor Jorge Antonio Moura Silva comenta que a população deveria se conscientizar, para que não chegasse a haver uma obrigação. "Eu acho que, antes de ser uma obrigação, ela devia ser uma conscientização por parte de cada ser humano, visando o melhor para si e para os demais seres humanos."
Legislação - Estados e municípios têm direito garantido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de impor medidas restritivas para indivíduos que se recusarem a se vacinar contra a doença. O governo de São Paulo, por exemplo, exige comprovante a todos os trabalhadores públicos estaduais.
Em pesquisa realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) em agosto de 2021, cerca de 20% dos municípios brasileiros pretendem direcionar medidas restritivas a servidores que se recusaram a receber a dose.
Entre estas cidades estão Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis e diversas outras, que já até tomaram ações neste sentido, com o objetivo de combater o avanço da doença, principalmente entre as pessoas não vacinadas.
No Estado, algumas prefeituras já realizaram medidas para garantir a proteção coletiva. É o caso de Angélica e Chapadão do Sul, que exige imunização de servidores municipais. Além disso, estabelecimentos e ambientes públicos em Nova Andradina, também no interior, deverá apresentar comprovante de vacinação, conforme decreto municipal.
Em tramitação na Assembleia Legislativa, projeto quer tornar obrigatória imunização de servidores sul-mato-grossenses, mas o texto ainda não foi aprovado.