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Esportes

Analistas sugerem que avião despencou 'de barriga' após pane elétrica

Especialistas estranharam o fato de o avião ter caído “de barriga”, e não 'de nariz', posição mais em acidentes semelhantes

Luana Rodrigues | 29/11/2016 13:42
Avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (Foto: Luis Benavides/AP)
Avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (Foto: Luis Benavides/AP)

Peritos ainda apuram as causas do trágico acidente aéreo que matou 75 pessoas - entre jornalistas e integrantes da delegação do clube Chapecoense - na madrugada desta terça-feira (29), em La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. O que especilistas sugerem ao analisar fotos do local em que o avião caiu, é que ele tenha “despencado de barriga”, após uma pane elétrica, ainda inexplicada.

Em entrevista à Rede Globo, o especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello analisou o que poderia ter levado à queda do avião com a delegação da Chapecoense, mas não atribui a queda a apenas um fator, e sim vários.

“Tem que se verificar, por exemplo, o terreno montanhoso ali, exigindo manobras complicadas e muitas curvas do avião para aproximação com a pista de Medellín. Isso é um fator que complica, sobretudo, com avião em pane. Meteorologia complicada também, obrigando o piloto a desviar de formações de cúmulos nimbos, de formações pesadas de chuva. A própria pane relatada pelo piloto, uma pane elétrica, é outro fator”, comentou.

Especialistas estranharam o fato de o avião ter caído “de barriga”, e não 'de nariz', posição mais em acidentes semelhantes. A possibilidade levantada é que o piloto tenha perdido totalmente o controle da aeronave, antes da queda.

O serviço de acompanhamento de voos Flightradar24 disse no Twitter que o último sinal do voo 2933 foi recebido quando a aeronave estava a 15.500 pés.

A imprensa colombiana chegou a cogitar possível falta de combustível como causa do acidente, mas também informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.

O diretor da Aeronática Civil, Alfredo Bocanegra, afirmou à Rádio Nacional de Colômbia que, apesar do mau tempo no momento do acidente, o aeroporto funcionava normalmente e outros aviões pousaram sem transtornos.

Portanto, segundo ele, foram falhas elétricas que causaram a queda da aeronave. "O piloto reportou falhas elétricas graves à torre de controle do aeroporto", afirmou à rádio.

Queda - A tragédia ocorreu na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. O voo da LaMia, matrícula CP2933, fretado, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Na quarta-feira (30), a equipe da Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional de Medellin, na primeira partida pela final da Copa Sul-Americana. As atividades da competição foram suspensas.

Dos 81 a bordo do avião, apenas seis sobreviveram. Além de Danilo, o zagueiro Neto, o lateral esquerdo Alan Ruschel e o goleiro Follmann; o jornalista Rafael Henzel e a comissária Ximena Suarez.

Resgate - Uma operação de emergência foi ativada para atender ao acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu muito a visibilidade. Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.

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