Antes opção ao Morenão, Jacques da Luz surge como estrutura ideal para times
Dirigentes consideram que custos do estádio são mais viáveis que o Morenão
O estádio Jacques da Luz, palco do Comerário neste domingo pela oitava rodada do Campeonato Estadual, foi liberado mês passado para sediar partidas em Campo Grande e já é visto com bons olhos por dirigentes dos clubes da Capital.
Antes tido apenas como alternativa ao Morenão, o Jacques da Luz, que fica nas Moreninhas, agora surge como estrutura mais viável para os times da Capital mandarem seus jogos na competição.
Com capacidade para receber 5 mil torcedores (recebe apenas 3,5 mil para preservar a segurança), contra os 45 mil do Morenão, o estádio demonstrou se encaixar como luva à média de público do Campeonato Estadual, que, dificilmente, passa dos 500 torcedores.
A reclamação dos dirigentes é que os custos administrativos são inviáveis para os clubes mandarem seus jogos no Morenão. Além disso, o gramado do maior estádio de Mato Grosso do Sul não está nas melhores condições, pois ficou danificado após sediar shows no mês passado.
No Comerário deste domingo, por exemplo, a torcida do Operário ficou de um lado do Estádio e a do Colorado de outra, ação que minimiza o risco de conflitos. O policiamento também estava reforçado, com presença de militares do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Cigcoe.
A estrutura foi ressaltada nesta manhã. Banheiros químicos foram dispostos para os torcedores.
A única reclamação mais visível está no fato do estádio não oferecer água potável para o público.
O Jacques da Luz é administrado pela Prefeitura, por meio da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), desde 2007, e pode atender times como Comercial, Operário e MS Saad, que estão na primeira divisão do Sul-Mato-Grossense, bem como Campo Grande e União, equipes que disputam a Segundona do Estadual.
“Agora, os clubes de Campo Grande, finalmente, têm um campo para o mando dos jogos e não precisamos mais nos deslocar para outros municípios, criando custos onerosos e desnecessários com viagens e hospedagem. Não há nada melhor para um time do que jogar em casa, para a sua torcida”, declarou o presidente do Operário, Toni Vieira, segundo informações da assessoria Funesp.
“O Morenão é considerado o templo do futebol, mas, há tempos, não oferece a infra-estrutura mínima necessária, como vestiários e, até mesmo, banheiros em condições de uso”, criticou o dirigente do Galo.
O presidente do MS Saad, Romeu Carvalho de Castro, destacou a importância dos clubes de Campo Grande poderem mandar os jogos no estádio.
“O mando das partidas no Jacques da Luz é vital para os clubes da Capital e, por estar localizado em uma área popular e em ascendente crescimento, é importante também para a comunidade, que passa a ter, no evento esportivo, uma opção a mais de lazer aos finais de semana”, pontua, ainda conforme divulgação da Funesp.