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Esportes

Brasileiros comemoram preço baixo da alimentação na Rússia

Comer em um bom restaurante sai por R$ 39, mas se preferir comprar um boné terá de pagar R$ 95

De Moscou, Paulo Nonato de Souza | 28/06/2018 11:47
Prato de filé de peru cozido com legumes e molho de soja por R$ 17 em restaurante de São Petersburgo (Foto: Paulo Nonato de Souza)
Prato de filé de peru cozido com legumes e molho de soja por R$ 17 em restaurante de São Petersburgo (Foto: Paulo Nonato de Souza)

Na Rússia é mais fácil se alimentar do que ostentar. A conclusão do catarinense Pedro Henrique Gadelha, de 36 anos, que chegou ao país da Copa do Mundo de 2018 no dia 17 deste mês, dia do jogo de estreia do Brasil na competição da Fifa, tem sido uma realidade festejada pelos brasileiros.

Ele conta que em Rostov on Don, onde o Brasil fez o seu primeiro jogo e empatou com a Suíça em 1 a 1, tentou comprar alguns itens, como camiseta, tênis e boné, mas desistiu ao observar nas lojas que os preços eram o dobro e até o triplo de uma boa refeição.

“Rostov estava muito quente, um sol de doer, e eu fui correndo comprar um boné, mas me dei mal já na primeira loja. Vi o preço na etiqueta a 1.240 rublos (R$ 75), fui a outra loja e achei por 960 rublos (R$ 58). Não comprei porque um pouco antes eu havia almoçado muito bem em um desses restaurantes, que no Brasil chamados de restaurante da moda, e a conta saiu por 640 rublos (R$ 39). Tive vergonha de comprar o boné”, comentou.

Entre os jornalistas que estão na Rússia para a cobertura da Copa do Mundo a constatação é a mesma. “Fora os restaurantes dos centros de imprensa nos estádios, onde a comida é muita cara, uma exploração, nos lugares normais é muito barata. Você come muito por pouco”, disse Maciel Junior, da Rádio Jornal de Pernambuco.

Comer na praça de alimentação do Shopping Vegas, que fica ao lado do Centro de Imprensa da Fifa, em Moscou, por exemplo, sai em média por 350 a 600 rublos, R$ 21 e R$ 36, respetivamente.

“Em cidades do interior da Rússia, como Rostov on Don, a tendência é que os preços de produtos alimentícios sejam mais baratos do que em Moscou, que é uma cidade grande, mas mesmo aqui em Moscou ir a um restaurante é bem mais barato do que no Brasil”, disse Cristiano Alves, um cearense que vive há três anos na capital russa e fala fluentemente o idioma local. “A diferença é que no Brasil frequentar restaurante é coisa da elite, a alimentação é elitizada. Aqui não”, ressaltou.

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