Campo-grandense é agente do jogador que tirou o Paulista da final da Copinha
O zagueiro “Brendon”, pivô da eliminação do Paulista de Jundiaí da disputa do título da Copa São Paulo de Futebol Junior de 2017, contra o Corinthians, por ter jogado com a identidade de um primo que está preso no Rio de Janeiro sob a acusação de roubo e tráfico de drogas, é um dos quatro jogadores do clube paulista gerenciados pelo ex-atacante campo-grandense Alberto, campeão brasileiro de 2002 com o Santos, e agora empresário de futebol.
Brendon Matheus Lima dos Santos, nome que consta nas súmulas dos jogos do Paulista de Jundiaí, na verdade é Heltton Matheus Cardoso Rodrigues. A denúncia chegou ao Paulista ainda no sábado, véspera da partida da semifinal diante do Batatais, via Federação Paulista de Futebol, que exigia esclarecimento. O clube ouviu o jogador e manteve sua escalação no jogo da classificação para a final com a vitória de 5 a 1, ontem de manhã.
De acordo com o que apurou a Federação Paulista de Futebol, o falso “Brendon” copiou os documentos do primo mais novo, mesmo sendo um presidiário, para poder seguir atuando como amador e disputar a principal competição de base do futebol brasileiro. Isso no futebol é chamado de gato, ou seja, alterar a idade real para parecer mais jovem e poder jogar em categorias de base inferiores com idade mais avançada do que a permitida.
Esta tarde, representantes do Paulista e do Batatais, mais o agente do jogador, o ex-atacante Alberto, se reuniram na sede da PFF. Em seguida, a entidade anunciou a eliminação do Paulista da Copa São Paulo e definiu que o Batatais vai disputar a final da competição júnior contra o Corinthians, nesta quarta-feira, às 15h (MS).
Além de Brendon Matheus, de 19 anos, que na realidade é Helton Matheus, de 22 anos, o ex-atacante campo-grandense tem o meia Molter e os atacantes Arthur e Luciano no agora eliminado time Sub-20 do Paulista de Jundiaí.