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Esportes

Copa Brasil de Paracanoagem está com "tudo pronto" no Parque das Nações

Atletas, treinadores e organizadores esperam participação do público campo-grandense na torcida

Gabriel de Matos | 17/03/2023 16:23
Raias montadas na lagoa do Parque das Nações Indígenas (Foto: Gabriel de Matos)
Raias montadas na lagoa do Parque das Nações Indígenas (Foto: Gabriel de Matos)

A Copa Brasil de Paracanoagem 2023 ocorre neste sábado (18) e domingo (19) na lagoa do Parque das Nações Indígenas em Campo Grande. A estrutura está montada e as disputas estão marcadas para começar a partir das 8h. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita.

O campeonato inicia oficialmente o calendário nacional da paracanoagem no ano. De acordo com a CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem), 87 atletas estão inscritos na Copa. Entre eles, o destaque sul-mato-grossense Fernando Rufino e os competidores Igor Tofalini e Giovane Videira.

O evento terá a presença de competidores do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Serão oito categorias competindo no caiaque (KL1, KL2, KL3, KLT1 e KLT2) e canoa havaiana (VL1, VL2, VL3), nos naipes feminino e masculino.

Esta é a segunda vez que Campo Grande recebe a competição. Em 2022, o Estado também foi sede. Os melhores atletas serão selecionados para compor a Seleção Brasileira no Campeonato Mundial em Duisburg, na Alemanha, e na Copa do Mundo em Poznán, na Polônia.

O cowboy de aço, como é conhecido Rufino, Videira, Tofalini, a supervisora de competições Fátima Fernandes e o diretor-geral da CBCa, Rodrigo Miranda, cederam entrevista nesta sexta-feira (17). Eles falaram da expectativa para o evento, dos porquês da Capital ser escolhida novamente para sediar e as curiosidades da competição.

Equipamentos de competições à beira da lagoa do Parque das Nações Indígena (Foto: Gabriel de Matos)
Equipamentos de competições à beira da lagoa do Parque das Nações Indígena (Foto: Gabriel de Matos)

"É uma das provas mais difíceis" - O atleta Fernando Rufino, campeão paralímpico da modalidade em Tóquio-2020, ressaltou que disputar competições "em casa" é uma das provas mais difíceis. Nascido em Eldorado e criado em Itaquiraí, ele convocou o público local para torcer.

Para amanhã, a gente está preparado, estamos vindo para competir. Quero ver as pessoas participando, torcendo. Serão provas bem pegadas", disse o cowboy de aço.

Rufino destacou que há uma preparação diferente no psicológico para estar disputando competições no Estado de nascimento. "É muito difícil, mas a gente trabalha junto o psicológico. Estar na água é o nosso trabalho".

O campeão falou também da rivalidade "saudável" com o bicampeão mundial da modalidade Igor Tofalini. Ambos vieram das montarias e atualmente são destaques na paracanoagem. "É um erro dele e eu consigo aproveitar. Não quero errar, mas um erro meu, eu não o alcanço mais", disse Rufino.

Igor Tofalini ressaltou a participação na primeira Copa em 2022. Ele evidenciou que está empenhado para a disputa das provas e quer ficar no topo da classificação. "Quero conseguir a vaga para ir à Alemanha e quero representar o Brasil em Paris-2024".

Expectativa e dificuldades - Giovane Videira, o pantera negra, foi medalhista de prata em Tóqui-2020. O atleta está há 10 anos na modalidade e elogiou a estrutura montada no Parque das Nações Indígenas. "O clima aqui é bom, a raia é legal, a água é muito boa, é um espetáculo".

Videira explicou que o tempo de chuva não atrapalha a competição. "Na verdade, não pode dar raio, mas se chover e não tiver muito vento, está tranquilo". A expectativa do atleta que participará do caiaque e da canoa é conseguir estar na casa dos 40 segundos em ambas categorias.

Tofalini foi na mesma linha e disse que não tem atleta beneficiado ou prejudicado com as condições do tempo. "Temos seis raias, todo mundo tem que dar o máximo para ter o resultado. Está de igual para igual".

Fernando Rufino é o destaque de Mato Grosso do Sul para a competição (Foto: Divulgação)
Fernando Rufino é o destaque de Mato Grosso do Sul para a competição (Foto: Divulgação)

Escolha da Capital - A supervisora Fátima Fernandes informou que Campo Grande foi uma das cidades que se candidatou para receber a competição. Pelo segundo ano consecutivo, a Capital é sede. "É um conjunto de fatores, as cidades mostram interesse e nós avaliamos. Aqui a estrutura é muito boa, tem o que a gente precisa".

Ela ainda disse que outras capitais tiveram interesse. Curitiba e Brasília foram postulantes, mas foram preteridas por Campo Grande.

O diretor-geral da CBCa, Rodrigo Miranda, explicou que Mato Grosso do Sul se colocou à disposição. "A abertura do calendário para o Mundial e jogos paralímpicos veio para Campo Grande por um consenso. A expectativa é que os melhores atletas tenham os melhores desempenhos. A expectativa é sair daqui com a seleção montada".

Entrevista coletiva ocorreu em tenda montada no Parque (Foto: Gabriel de Matos)
Entrevista coletiva ocorreu em tenda montada no Parque (Foto: Gabriel de Matos)

Diferente dos atletas, Miranda avaliou que a chuva atrapalha a organização da competição. "A gente sabe que o nosso esporte é ao ar livre está sujeito as mudanças. A previsão mostra que pela manhã, o tempo está lindo".

Ele ainda disse que as provas devem começar às 8h e que tem o período vespertino de sábado para caso haja problemas nos horários. Ainda nesta sexta-feira, ocorre a abertura oficial do evento no Bioparque Pantanal. As provas vão até domingo e no sábado já tem finais.

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