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Esportes

Gigante de 2,04 m aos 14 anos, pivô de MS é promessa do basquete

Orlando da Silva Neto, de 14 anos, está no Clube Ginástico, de Belo Horizonte (MG), desde janeiro

Gabriel de Matos | 15/06/2023 16:00
Orlando da Silva Canhete Neto tem 2,04 m de altura com apenas 14 anos (Foto: Acervo Pessoal)
Orlando da Silva Canhete Neto tem 2,04 m de altura com apenas 14 anos (Foto: Acervo Pessoal)

Orlando da Silva Canhete Neto, de 14 anos, é um gigante em altura e talento. Ele nasceu em Campo Grande, está em Minas Gerais e compõe o Clube Esporte Ginástico, de Belo Horizonte (MG). Com pouca idade, o pivô tem 2,04 metros e é promessa de Mato Grosso do Sul para o basquete.

A vida de Neto no basquete começou em 2020, quando ainda estava na pandemia. A primeira experiência na modalidade foi no Cemte (Centro Municipal de Treinamento Esportivo) de Campo Grande. O menino explicou que sua carreira é recente. No começo de 2023, ele se transferiu para Minas Gerais.

"A minha jornada ainda é muito recente, as coisas têm acontecido de uma forma que às vezes eu mesmo não acredito. Em setembro do ano passado, começou a especulação para eu ir embora. Foi quando minha mãe decidiu deixar eu ir", conta Orlando da Silva.

A mãe é a analista administrativo Adriana Martins, de 44 anos. Ela conta emocionada que o filho é o orgulho da família e do coração dela. A mulher detalhou que o filho se interessou pelo basquete quando estava em casa durante a pandemia de covid-19. Um amigo de Orlando disse que no Cemte tinha treino. Daí para frente, começou o amor pelas quadras.

"Desde o início, eu o apoiei incondicionalmente. Quando surgiu os rumores de ele ir embora fiquei balançada de deixar ou não, mas não posso e não tenho o direito de impedir os sonhos dele", afirma Adriana.

A altura nem sempre foi vista como algo bom para o gigante Neto. A mãe, que tem 1,71 m, disse que o filho chamava muita atenção. "Isso o irritava, as pessoas o paravam para fazer perguntas. Era um desafio conversar e dizer que o tamanho dele poderia não ser natural". Porém, esperançosa, Adriana sabia que um dia os 2 metros "iriam fazer sentido". O basquete mostrou o caminho.

Neto em quadra pela Seleção Mineira de Basquete (Foto: Acervo Pessoal)
Neto em quadra pela Seleção Mineira de Basquete (Foto: Acervo Pessoal)

"Alto, porém muito ágil" - Foi assim que o técnico do Ginástico, Jefferson Louis Teixeira, definiu Neto. Ele é o treinador do menino há cerca de seis meses e disse que o pivô está se desenvolvendo bem. "Se adaptando a tudo, porque tudo é muito diferente. Neto é um menino alto, porém muito ágil e coordenado".

No time, o técnico informou que o elenco é composto por muitos atletas com altura acima de 1,93 m. Além de Neto, tem dois jogadores acima dos 2 m. Por lidar com jovens, Jefferson ressalta que a formação do atleta passa não somente pelos treinamentos nas quadras, mas pela orientação fora delas.

"Trabalho de formação necessita de alguns pilares e dois são fundamentais: tempo e paciência. Não podemos atropelar. Aqui realizamos um trabalho progressivo, respeitando cada um. É uma formação de ser humano por inteiro", afirma.

Ele finalizou a entrevista afirmando que Neto evoluiu muito fisicamente e mentalmente no período de quase seis meses em Belo Horizonte. O pivô de 2,04 m detalhou ainda que os companheiros de time têm "horário para tudo, um faz parte do outro, basta ter disciplina no que faz".

Saudade da família e de casa - O sucesso esportivo também passa pela saudade e despedidas. A mãe Adriana explicou que o maior desafio é a distância do filho. "Ficamos preocupados com a saúde, alimentação, educação, escola, mas pelo que nos é passado, ele é um menino muito bem educado e respeitoso". A mãe orgulhosa afirmou que é a maior fã.

Ela apoia o filho dando conselhos, ajuda nas escolhas e deixando sempre claro que o importante é ser feliz. Para ela, o dia mais especial nesse começo de carreira foi a despedida na capital mineira.

Ali eu deixei um pedaço de mim para se tornar um grande  jogador, deixei um adolescente de 14 anos, que ao decorrer desses meses tem adquirido maturidade, responsabilidade na vida e está evoluindo muito", afirma Adriana.

Objetivos - Cheio de expectativas, Orlando não esconde os desejos de chegar à Seleção Brasileira de Basquete e de jogar na NBA (National Basketball Association, Associação Nacional de Basquete dos Estados Unidos), que é a principal liga da modalidade no mundo.

No momento, o menino está se destacando em Minas Gerais. Perguntado sobre as principais conquistas, ele afirmou que foi jogar o Campeonato Brasileiro Sub-16 e estar na Seleção Mineira de Basquete.

"Os desafios maiores foram estar longe da minha família e passar na seletiva para Seleção Mineira. Mas eu tive acolhimento e isso foi essencial. Todos os dias se pode um pouco mais como diz meu treinador."

Orlando da Silva (primeiro jogador da esquerda para direita) com troféu pela Seleção Mineira (Foto: Acervo Pessoal)
Orlando da Silva (primeiro jogador da esquerda para direita) com troféu pela Seleção Mineira (Foto: Acervo Pessoal)

Gratidão - Neto e a mãe agradeceram a todos que os apoiaram ao longo da caminhada no basquete. Orlando ressaltou o apoio do Clube Ginástico, dos pais e do técnico Jefferson.

Já a mãe Adriana agradeceu ao clube, técnico, a Deus e a Arlem, Sandro e Arnaldo, que também fizeram parte. Além disso, a encarregada de serviços gerais do clube Dione Domingos foi lembrada.

"Quero muito agradecer a Dione, ela é uma pessoa que trabalha no clube, muito prestativa, extremamente atenciosa com meu filho. Sou muito grata pela atenção que sempre dá ao meu filho e a mim."

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