Lançamento da biografia de Tinga reúne colorados e gremistas na Capital
Craque autografou camisas e o livro, que está entre os mais vendidos do País
O ex-jogador de futebol Paulo César Fonseca do Nascimento, o "Tinga", lançou a autobiografia Chamando Atenção da Sorte, nesta terça-feira (14), em Campo Grande. Atencioso, conversou com fãs e autografou livros e camisetas do Grêmio e do Internacional, times em que já jogou.
O título, que não anuncia o conteúdo relacionado à experiência no esporte, surgiu de uma pergunta. Tinga conta que, durante uma palestra, alguém o questionou se não achava que tinha sorte.
"Respondi que se a sorte realmente existe, ela deve ser muito inteligente, pois sempre escolhe quem trabalha, acorda cedo, se reinventa, pensa diferente e tem coragem. Finalizei falando que eu queria chamar a atenção da sorte trabalhando", lembra.
A última frase virou hashtag nas redes sociais. "Um cara que fez selfie comigo dentro de uma guarita de segurança, às 5h09 da manhã, postou a foto e me marcou no Instagram colocando na legenda: tô aqui chamando atenção da sorte trabalhando, como Tinga falou ontem na palestra", continua o ex-jogador. O próprio autor da frase passou a compartilhá-la a partir daí.
O livro está entre os cinco mais vendidos do País em rankings como o da Amazon, Veja e Publish News, por exemplo. Tinga é só orgulho.
Fãs - O empresário Gabriel Marchese Rodrigues garantiu o próprio autógrafo e o do pai, que o levava para assistir o colorado jogar e é muito fã do Tinga. "Meu pai mora no Rio Grande do Sul e tem essa conexão com o Tinga por causa da cor do Tinga e do Restinga, o nome do bairro onde ele morou, na periferia de Porto Alegre", diz.
Nem colorado e nem gremista, o professor de filosofia Carlos Augusto Damaceno é corintiano, mas foi ao lançamento por considerar Tinga um exemplo de atleta.
"Ele tem respeito de todas as torcidas, transcende o time. Saiu do País apenas com a quinta série concluída, não tinha nem terminado o ensino fundamental e virou jogador. Foi para o mundo ganhando até a UEFA, que é uma grande competição internacional. Voltou para o Brasil, aposentou e ele voltou a estudar. Isso, para mim é um grande exemplo porque você vê um cara que tem tudo, já é rico, e voltou a estudar", elogiou o professor.
Racismo no futebol - Tinga falou com o Campo Grande News sobre o que pensa sobre os casos de racismo no futebol, como os sofridos por Vinícius Júnior, o Vini Junior, por exemplo.
"Eu acho que a gente não pode separar o futebol da vida. A gente não pode ser uma coisa no futebol e outra fora dele. O torcedor não pode ser correto no estádio e uma outra coisa na casa dele, no trabalho. A gente é o que a gente é em todo lugar e transmitimos aquilo que temos um pouco no coração", começou.
Para ele, é preciso ter cuidado com o que "as palavras realmente fazem" e que não dar apelidos racistas para as pessoas não é "mimimi".
Aposta - Para ganhar o Brasileirão deste ano, Tinga já tem seu preferido.
"Eu eu gostaria muito que o inter ganhasse, mas como não tem condição de ganhar este ano, eu torço para o Botafogo ganhar", finalizou.
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