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Esportes

Solução para abandono do Estádio Morenão pode ser a demolição

Paulo Nonato de Souza | 12/02/2015 17:41
Cadeiras do Morenão sendo destruídas por fezes e urina de morcegos (Foto: Marcelo Calazans/Campo Grande News)
Cadeiras do Morenão sendo destruídas por fezes e urina de morcegos (Foto: Marcelo Calazans/Campo Grande News)
Infiltração no setor da arquibancada coberta do estádio (Foto: Marcelo Calazans)
Infiltração no setor da arquibancada coberta do estádio (Foto: Marcelo Calazans)

Inaugurado em 7 de março de 1971 com o jogo amistoso entre Flamengo 3 x 1 Corinthians, o Estádio Morenão, palco das maiores glórias do futebol sul-mato-grossense, em especial boa parte da campanha do Operário de Campo Grande na conquista do terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1977, pode estar com os seus dias contados.

O estádio está interditado pelo Ministério Público Estadual para qualquer tipo de evento desde outubro do ano passado, por apresentar falhas em sua estrutura, como concreto rachado e oxidação nas ferragens. Hoje, está inutilizado e sem nenhuma perspectiva de voltar a receber jogos nem mesmo do Campeonato Estadual.

A proposta de demolição ainda corre apenas nos bastidores da Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), responsável pela administração do estádio, mas os rumores são cada vez mais fortes de que o velho e superado Morenão será demolido para dar lugar a uma praça de esportes moderna e mais adequada ao futebol atual.

Nesta quinta-feira, o médico e comentarista esportivo José Luiz Mikimba postou em sua página no Facebook uma conversa com o vice-reitor da UFMS, o também médico João Ricardo Tognini, admitindo que “é pensamento de setores da Reitoria implodir o Morenão e construir algo mais útil para a sociedade, já que para colocar o Estádio em condições gastaria muito dinheiro”.

Conforme diz José Luiz Mikimba em sua página do Facebook, o vice-reitor revelou que “há dois anos ele explanou, inclusive com slide, a deficiências e os custos do Morenão, e ofereceu para a iniciativa privada ou órgão estadual e municipal a possibilidade de transferir o patrimônio em questão, e que ninguém se manifestou devido aos altos custos”.

Ainda de acordo com a postagem, o vice-reitor “foi bem claro e direto dizendo que devido aos cortes das verbas do Ministério da Educação seria impossível atender as recomendações do Ministério Público Estadual.

O Campo Grande News não conseguiu ouvir o vice-reitor, mas ouviu o administrador do estádio, professor Jair Sartorello, que negou a ideia de demolição. “Não sei de onde surgiu essa ideia. Gostaria que me apresentassem essa proposta, porque não sei nada sobre isso”, disse ele.

Já o comentarista confirmou a conversa com o vice-reitor, e disse que questionou João Ricargo Tognini sobre quando seria iniciada a reforma do Morenão para sua utilização ainda no Campeonato Estadual 2015.

“Ele já me ligou bravo porque coloquei a nossa conversa no Facebook. Na verdade ele deixou claro que a ideia da demolição do estádio não parte dele, mas sim de setores da Reitoria”, disse Mikimba ao Campo Grande News.

Até o placar eletrônico do estádio está destruído (Foto: Marcelo Calazans)
Até o placar eletrônico do estádio está destruído (Foto: Marcelo Calazans)
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