Antissocial ou atarefada? Prefeita some de solenidades oficiais
Cadê ela - O ano começou com sequência de posses de diferentes entidades representativas e do Judiciário, mas em nenhuma delas a prefeita Adriane Lopes (PP) apareceu. Sumida, a falta da representante da principal cidade do Estado foi sentida na posse da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), do TCE (Tribunal de Contas do Estado), TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), órgãos que têm relação com as prefeituras, direta ou indiretamente.
Nem foi ver o maridão - Adriane também não foi vista na solenidade de posse da nova diretoria da OAB-MS e nem deu o ar da graça na abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, onde realmente nem todo prefeito comparece. Não foi dar força para o maridão Lídio Lopes, que começa em mais um mandato na Alems. Segundo a assessoria, é falta de tempo diante de muito trabalho.
Claudinho sem bochecha - O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), começou seu discurso na abertura do ano legislativo na Assembleia, confessando que sentiu falta do parlamento sul-mato-grossense na virada do ano. "Nesses primeiro quarenta dias do ano, eu falei para um deputado não tem o menor sentido o Executivo trabalhar sem o funcionamento do Legislativo. Parece que falta legitimidade, parece que falta debate, parece que falta a essência em relação à população sul-mato-grossense", disse.
Tudo no pendrive - Foram entregues aos deputados estaduais e autoridades presentes um pendrive. No documento estão os detalhes de cada ponto abordado pelo tucano nos 30 minutos do seu discurso, como os investimentos captados pelo Estado, os recursos que serão investidos na infraestrutura, ações de educação e segurança. Esses são os principais temas que irão pautar as ações do Governo do Estado.
Transparente - É a forma que o governador diz ter encontrado para que todos fiquem a par dessas pautas. "Todos estarão recebendo essa mensagem do pendrive, os poderes também receberão, é uma mensagem que, além de prospectar um pouco, uma olhada adiante, é uma prestação de contas. Afinal de contas, o Executivo deve isso à sociedade sul-mato-grossense".
A perder de vista - Os réus que respondem pelo roubo de joias do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tinham audiência ontem, mas a data foi marcada para o ano que vem. Isso mesmo. Davi Morais Saldana, Ítalo Alexandre Franca Silvestre e Antônio Matheus de Souza Silva, que respondem ao processo em liberdade, serão ouvidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Competência Residual, Roberto Ferreira Filho, só em 30 de março de 2026.
Enquanto isso, livres - Além de agora demorar mais de um ano para o caso desenrolar, a alegação da Justiça é confusa. Segundo o magistrado, a nova data foi definida devido à “necessidade de readequação de pauta e, ainda, tendo em vista que os réus respondem à ação penal em liberdade.”
Entrando na moda – Assim como projeto apresentado na Câmara Municipal de Campo Grande, pelo vereador André Salineiro (PL), o deputado estadual Carlos Alberto David, o Coronel David (PL), iniciou o ano legislativo com proposta de caráter ideológico. Aderiu ao que parece franquia das bancadas conservadoras com pautas que, entra ano, sai ano, surgem para "causar" nos parlamentos.
Regra subjetiva - A primeira proposta protocolada por ele copia iniciativas já apresentadas em São Paulo. Ele busca proibir a execução de músicas e videoclipes que façam apologia ao crime, ao uso de drogas ou contenham conteúdos de natureza sexual, ou erótica, tanto em letras quanto em coreografias, nas escolas da rede estadual de ensino em Mato Grosso do Sul. A medida bem subjetiva prevê multa entre 2 e 10 salários mínimos para quem descumprir a regra.
Censura disfarçada? – Para justificar sua proposta, o deputado cita como fonte o médico Minh Dung Nghiem e o filósofo Roger Scruton, argumentando que certos conteúdos musicais poderiam degradar intelectual e moralmente os jovens. Apesar disso, o parlamentar ressalta que a proposta não tem objetivo de censurar qualquer tipo de gênero musical. “Importante ressaltar que o objetivo dessa Lei não é 'barrar' qualquer tipo de gênero musical e/ou ser um empecilho a cultura, mas, apenas preservar nossas crianças e adolescentes de músicas que façam apologia a sexo, drogas e apologia ao crime”, disse.