ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  01    CAMPO GRANDE 18º

Jogo Aberto

Caciques da política conversam em tempos de poder em jogo

Gabriela Couto e Renata Volpe | 20/01/2023 06:00
Jerson Domingos e Londres Machado (Foto: TCE-MS)
Jerson Domingos e Londres Machado (Foto: TCE-MS)

Raposas da política - Encontro de dois caciques da política aguçou a curiosidade de muita gente. Interino na presidência do Tribunal de Contas do Estado, Jerson Domingos reencontrou um velho amigo do Legislativo, o deputado estadual, Londres Machado (PP). A conversa não deve ter só matado as saudades. Os tempos são de eleições para mesa diretora da Assembleia e indefinições no TCE, depois de afastamento de 3 conselheiros, entre eles a do presidente Iran Coelho das Neves.

Cartas na manga  - Com experiência de poucos no quesito articulações, Jerson e Londres sempre têm cartas na manga que podem influenciar no jogo pelo poder. O TCE vive crise sem precedentes, com denúncias de corrupção, e Jerson parece bem disposto a assumir o comando oficialmente do Tribunal. Já Londres tem a força de 12 mandatos e, como deputado estadual a ser reconduzido pela 13ª vez no dia 1º de fevereiro, influência não lhe falta para dar uma ajudinha aos aliados, tanto no TCE, quanto no Legislativo.

Polêmica desmedida? - O governador Eduardo Riedel (PSDB) reclamou da polêmica criada diante do convênio entre a Defensoria Pública de MS e a do Distrito Federal, firmado para auxiliar sul-mato-grossenses presos durante os atos de vandalismo em Brasília. Ele explicou que, além dos envolvidos no quebra-quebra, o caso deixou muita gente apreensiva por aqui

Procura-se - “A violência cometida teve desdobramentos, muitas famílias começaram a buscar o Estado para receber informações de parentes. O que fizemos foi abrir um canal. Não fizemos nada fora da legislação”. Riedel voltou a dizer que não tem lado na hora de trabalhar. “Vamos resolver o problema, independente se as pessoas são da direita ou da esquerda”.

Na correria - Conhecido por ser extremamente protocolar, Eduardo Riedel chegou meia hora atrasado para a entrevista ao vivo em rádio na quinta-feira. A conversa deveria começar às 12h30, foi para 13h e às 14h a agenda já marca reunião com prefeito de Miranda “Vou ficar sem almoço”, avisou.

Fé em Brasília - No dia 27 de janeiro, Riedel volta a conversar com o presidente Lula (PT) e os outros 26 governadores. A expectativa é de boas notícias. O secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha (MDB), antecipou que o presidente pediu para MS levar os estudos dos quatro maiores projetos do Estado para a equipe avaliar. Mas para Rocha, se dois assuntos forem resolvidos, o Estado já sai no lucro: a conclusão da UFN3, fábrica de fertilizantes com obra interrompida em 2014, e a duplicação da BR-262.

Oferecido - Nos próximos dias, o PDT regional deve definir o comando do partido que ainda está com o interventor Carlos Cadu, do Rio de Janeiro, como presidente interino. O vice-presidente Enelvo Felini (PDT), disse que a decisão de quem será o titular sairá nos próximos dias. E não disfarça na hora de se oferecer para comandar o barco. “Se eu for convidado e a maioria concordar eu aceito e a gente consegue um bom grupo para as eleições de 2024”

Assistiu de camarote - Enquanto isso, o presidente de honra do partido, João Leite Schimidt, começa a finalmente a tirar do papel o projeto de escrever um livro sobre sua história política. “Quero escrever o que vi e ouvi, já que sou um dos fundadores desse Estado. Deputado estadual no ainda Mato Grosso e deputado federal da primeira bancada de Mato Grosso do Sul. Já me reuni com o escritor e vamos fazer o primeiro capítulo”, avisou. O projeto do livro está engavetado desde 2015.

Em campanha - O deputado estadual Gerson Claro (PP) esteve em Dourados e se encontrou com duas gerações de tucanos: a novata deputada eleita, Lia Nogueira (PSDB). e o experiente Zé Teixeira (PSDB). O representante do PP faz campanha pela presidência da casa. No 8º mandato, Teixeira aproveitou para ensinar que só leva o cargo quem está alinhado com o Executivo. Mas isso não deve influenciar muito desta vez. Dá para contar nos depois de uma mão quem deve fazer oposição a Riedel.

Esnobada - “Existe grande entendimento entre legislativo e executivo e na disputa para eleição, é preciso ter projeto afinado em proposta como governo. Gerson é um bom nome, tem experiência, é bom de diálogo”, defendeu Zé Teixeira. Já a deputada eleita Lia Nogueira deu uma esnobada e disse que ainda está avaliando. “Estamos construindo. Vou conversar com meu partido, para depois tomar uma decisão”.

Nos siga no Google Notícias