ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 27º

Jogo Aberto

Centrão continua dando as cartas, avalia Fabio Trad

Anahi Zurutuza, Jhefferson Gamarra e Caroline Maldonado | 08/10/2022 07:00
Deputado Fábio Trad durante trabalho na Câmara Federal. (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)
Deputado Fábio Trad durante trabalho na Câmara Federal. (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

Quem manda - Derrotado na eleição de domingo (2) para deputado federal, mas com votação expressiva, mais de 43 mil votos, Fábio Trad (PSD) anunciou voto em Lula (PT) no segundo turno e disse que as cartas no Congresso vão continuar sendo dadas pelos parlamentares “bolsonaristas”, que vão ocupar 257 cadeiras em 2023. “Venceu a polarização, que derrotou o centro e mantém o Centrão. Direita e esquerda farão o debate programático, mas o pragmatismo do Centrão sobreviveu e ao que tudo indica continuará mandando”, analisa.

Em campanha - Se depender da vontade de entidades classistas, o vereador e médico Victor Rocha (PP), vai substituir o secretário de Saúde da Prefeitura de Campo Grande, José Mauro Filho, que, no entanto, resiste em deixar a cadeira, mas reconhece que a decisão cabe a prefeita Adriane Lopes (Patriota). Enquanto isso, Rocha vai recrutando apoio a sua campanha pelo cargo. Já são cinco entidades que declararam preferência por ele.

Magoado – Com dedo em riste, em reunião do partido, André Puccinelli, candidato do MDB derrotado na eleição para o governo do Estado, disse, soletrando a palavra individualmente, que filiados estão liberados para escolher o candidato no segundo turno para a sucessão do governador Reinaldo Azambuja. Demonstrando decepção, falou direcionado “alguns que antes das eleições, haviam tomado partido” – numa referência a debandada - e aos que, logo depois do primeiro turno, “já tinha se acertado”. Segundo André, são os que não tem “sentimentos partidários”.

Naufragando - Os emedebistas, na verdade, “continuam” fazendo consultas, como alegou André Puccinelli para não anunciar, na sexta-feira (7), quem ele vai apoiar no segundo turno. Os que terão mandatos, em 2023, só Junior Mochi, eleito deputado estadual, ainda não anunciou apoio a Eduardo Riedel. Os outros dois, Renato Câmara e Márcio Fernandes, já integram a campanha do tucano.

Para onde vou? – Rose Modesto (União), quarta colocada na eleição com 12% dos votos, anuncia na segunda-feira em quem vota no segundo turno. Ainda não sabe de que forma vai fazer o anúncio. Se através de nota ou numa coletiva a imprensa. Modesto foi filiada ao PSDB, partido pelo qual se elegeu deputada federal e exerceu o cargo de secretária estadual no governo Reinaldo Azambuja.

Briga em família - Revoltado com o resultado das urnas, o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, atribuiu parte do fiasco a falta de pulso do irmão, senador Nelson Trad, no comando do PSD. “O PSD nunca teve comando no Estado e isso ficou comprovado agora. Tínhamos 80 vereadores e menos de 10 apoiaram a indicação do próprio presidente, nem prefeitos apoiaram. Hoje, nesse momento, ele não teria nenhuma autoridade para indicar A, B ou C”, criticou Marquinhos, sexto colocado na eleição com pouco mais de 8% dos votos.

Fagulhas - O racha na família Trad, que não elegeu nenhum membro nas eleições de domingo (2), envolve também a sucessão presidencial. O senador Nelsinho Trad, bolsonarista, queria o partido apoiando o presidente e seu irmão, deputado federal não reeleito, Fábio Trad, prefere o candidato Lula. A solução, acordada pelos irmãos, foi não fechar questão e liberar os filiados para votar como preferir no segundo turno.

Cascos – Apesar dos entreveros eleitorais, Marquinhos e Fábio, prometem continuar no partido comandado irmão Nelsinho. “Ficarei no PSD”, afirma Fábio. “Não estou de malas prontas para sair, mas perdeu-se a autoridade do presidente”, alfinetou Marquinhos.

Novo endereço - O vereador André Luís (Rede) arruma as malas para deixar o partido. Ontem, ele começou o ensaio. Participou da reunião do MDB que liberou filiados para votar no segundo turno da eleição em Mato Grosso do Sul. Derrotado, com pouco mais de 3 mil votos, para deputado estadual, foi elogiado pelo ex-governador André Puccinelli e admitiu a negociação: “Estamos vendo, quem sabe?”.

Pós-urnas – No primeiro fim de semana após a escolha feita nas urnas para disputar o segundo turno, Capitão Contar (PRTB) passará a manhã em reuniões e gravando programas eleitorais, se encontra à tarde com os coordenadores da campanha e diz que tem encontro “com representantes de diversos segmentos”. Já Eduardo Riedel (PSDB) se reúne com apoiadores e grava a propaganda eleitoral.

Nos siga no Google Notícias