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Jogo Aberto

Do Chapeuzinho Vermelho ninguém fala, diz deputado

Por Fernanda Palheta, Caroline Maldonado e Anahi Zurutuza | 16/05/2024 06:00
Foto do espetáculo do grupo UBU, selecionado com verba de incentivo cultural. (Foto: Divulgação)
Foto do espetáculo do grupo UBU, selecionado com verba de incentivo cultural. (Foto: Divulgação)

A volta do "UBU Trans" - Após ter a moção de apoio ao Grupo de Teatro "UBU” rejeitada durante a sessão ordinária de terça-feira (14), a deputada Gleice Jane (PT) apresentou uma nova proposta nesta quarta (15), desta vez para moção de reconhecimento pela determinação e resiliência da companhia teatral que teve o espetáculo “UBU Trans – Transformando Caminhos e Fronteiras” censurado por prefeituras. Teve gente achando que o "trans" faz referência a transgênero.

Rebuliço - Mas foi só começar a falar, que a polêmica se instalou. Voz mais à direita na Assembleia Legislativa, o deputado João Henrique Catan (PL) novamente criticou o fato de uma "peça do tipo" ser bancada por verbas de incentivo à cultura. Logo recebeu uma enxurrada de criticas e aulas sobre o processo de seleção de um projeto cultural.

Trans de Trânsito - Do colega Pedro Kemp (PT), ouviu que o ataque ao grupo UBU nada mais é que desinformação e preconceito. “Se fosse peça do Chapeuzinho Vermelho ninguém se importava de ter dinheiro público bancando. Mas só porque tem ‘trans’ no título já ficam perseguindo. O pior é que o trans nem é de transgênero”, reclamou o petista. A deputada Gleice Jane completou a explicação dizendo que, no caso, o ‘Trans” é de trânsito, porque o espetáculo roda o Estado.

Mais amor - Até o presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro ficou irritado com a discussão levantada por Catan, que criticou manifestações culturais envolvendo transexuais. Na avaliação de Claro, pessoas como o colega não poderiam viver na Roma antiga, porque iriam queimar a cidade por conta das peças encenadas ao ar livre. “A gente tem de respeitar as diferenças, abrir o coração”, pediu..

Articulação - O presidente municipal do PL, Aparecido Andrade Portela, o “Tenente Portela”, pode ser candidato a vice-prefeito na chapa que tentará a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). Ele já disse que é pré-candidato a prefeito, mas Adriane revelou que, na verdade, a conversa é outra com a presidente estadual do Progressista, senadora Tereza Cristina, que defende a composição. Portela foi chefe da Defesa Civil de Campo Grande por seis meses, mas saiu justamente por causa dos planos para as eleições de outubro.

Caminhando junto - Entre os políticos do Partido Liberal que querem ser candidatos a prefeito, Portela é o mais próximo de Adriane. Se ele for candidato a vice, terá o desafio de convencer o eleitorado, que se mostra bem resistente, preferindo candidatura própria do partido. “As construções continuam e a gente tem grande apreço, respeito e gostaríamos muito de caminhar juntos na Capital”, comentou Adriane, durante evento em que assinou ordem de serviço para reforma de terminais na manhã de quarta-feira (15).

Xô olho gordo - Habilitado para disputar a vaga de vereador deixada por Cláudio Serra Filho (PSDB), Wellington de Oliveira, o Delegado Wellington (PSDB) disse que os suplentes devem aguardar o andamento da lista de convocação "sem ficar com olho gordo no que o outro está conquistando". Ele ainda completou que é preciso respeitar a decisão das urnas. Segundo Welligton, o ex-colega de partido, Lívio Leite (União Brasil) "é a bola da vez".

Pena maior – A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke quer que furtos durante calamidades, como os casos registrados após as enchentes no Rio Grande do Sul, tenham pena mais elevada que as normais. Ela aproveitou o momento e apresentou projeto de lei que torna esses furtos qualificados, ou seja, com agravante.

Barrado? – Placas afixadas na porta onde enfermeiros recebem pacientes para a triagem na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, em Campo Grande, causam confusão engraçada. No topo da passagem, letreiro diz “Deus está aqui” e logo abaixo, cartaz ordena: “Mantenha a porta fechada”. As frases, lidas rapidamente e emendadas, arrancam risos de cantinho de boca de pacientes na recepção e ao menos servem de alívio na, quase sempre, longa espera por atendimento.

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