Projeto do parquímetro no Centro volta sem novidades
Mais do mesmo - O projeto de lei que prevê a concessão para empresa que vai administrar o estacionamento rotativo em Campo Grande havia sido retirado da Câmara e foi reenviado pela prefeita Adriane Lopes (PP) na semana passada. Depois de seis meses, o texto voltou com poucas alterações e alguns vereadores já avisaram que vão tentar mudar o que está previsto.
Mesmo tempo – A cobrança pelo uso das vagas do Centro está desativada há um ano e dez meses. A prefeitura quer dar 15 anos de concessão para a empresa que for escolhida e o contrato poderá ser prorrogado por mais 15 anos. Esse foi um dos pontos questionados por parlamentares, mas continua igual no projeto reenviado.
Justificativa – O líder da prefeita na Câmara, vereador Roberto Avelar, o “Beto” (PP), disse ao Campo Grande News que não tem como mudar esse período porque a prefeitura sabe que as empresas não se interessaram por uma concessão de menos tempo, mas o novo projeto trouxe outro pedido dos vereadores que é o número de vagas previstas.
Mais vagas – Eram 2.458 vagas na antiga concessão à Metropark que operou por 20 anos e agora a previsão é de 6,2 mil vagas. O número já havia sido divulgado pela Agetran, mas não constava no projeto e agora está no texto, que será votado pelos parlamentares.
Resistência – O projeto continua não agradando alguns vereadores que se posicionaram contra há seis meses. A vereador Luiza Ribeiro (PT), por exemplo, disse que não viu mudança alguma e vai propor emenda para diminuir o tempo de concessão. O vereador André Luis Soares, o “Prof. André” (PRD), já propôs redução para oito anos quando o projeto chegou a Casa de Leis pela primeira vez.
Amor e divergência – A ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, disse que na casa dela impera o amor, mesmo até ela e o marido, o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, divergem por temas políticos e ideológicos. Ela falou sobre o tema em entrevista à CNN, exibida no final de semana, ao comentar sobre eventual apoio à reeleição do prefeito paulistano Ricardo Nunes, do seu partido, MDB, e tem afinidade com bolsonaristas.
Natural – Simone pontuou ser natural as pessoas divergirem, mas disse que não subirá em palanque de bolsonaristas que defendam temas como armamentismo, recuo em costumes e na defesa do meio ambiente, linha que definiu como extrema direita. A ministra disse que não vê motivos até aqui para não apoiar Nunes, mas pode subir em palanque em dia diferente em que o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nunca imaginei – Simone disse ainda que nunca imaginou que poderia ter a terceira maior votação na eleição presidencial, mencionando a participação de Ciro Gomes (PDT) no pleito, já com experiências anteriores na disputa. Ela considerou que o MDB se tornou figura essencial na eleição de Lula e disse que se surpreendeu com a capacidade do presidente de ouvir sua equipe. Disse que se tivesse algo a aconselhá-lo, seria seguir ouvindo a todos e tendo paciência. Escutar mais resulta em menos erros, analisou.
Erga a voz – Em outro trecho, Simone revelou que sofreu misoginia em sua vida política, ao ser questionada se as críticas duras direcionadas à Nísia Trindade, da Saúde, poderiam ter fundo machista. A dica que deu às mulheres que atuam na política é que ergam a voz, o que não significa falar grosso, “porque não somos homens”, mas impor a voz para ser respeitada.
É golpe – Estelionatários não pouparam nem o vendedor de uvas. A página @uvasestanciaangelicas no Instagram, com 10 mil seguidores, foi “roubada” e os donos do empreendimento tiveram de divulgar nota à imprensa. O empresário Celso Cortada informou que já registrou o boletim de ocorrência na Polícia Civil. “A ‘Uvas Estância Angélica’ vem a público informar que seu Instagram foi hackeado na última sexta-feira (29), sendo que as mensagens postadas a partir desta data não são de responsabilidade da administração da empresa e que, possivelmente, são utilizadas para tentativa de golpe”.