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“Tsunami”, classifica presidente sobre últimos dias no TCE

Anahi Zurutuza e Gabriela Couto | 15/12/2022 06:00
Conselheiro Jerson Domingos durante entrevista após sessão desta quarta-feira (15) no TCE (Tribunal de Contas do Estado). (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Conselheiro Jerson Domingos durante entrevista após sessão desta quarta-feira (15) no TCE (Tribunal de Contas do Estado). (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Tsunami – Questionado se sentia saudades do trabalho na Assembleia Legislativa, o presidente em exercício do TCE, Jerson Domingos, disse um enfático “não”. O político que presidiu o Legislativo estadual de 2007 a 2015, justificou que por lá havia “muito tsunami”. “Agora o tsunami tá aqui”, comentou.

Assumindo a bronca – Domingos se refere ao turbilhão que vive o TCE desde a última quinta-feira (8), quando a Polícia Federal deflagrou a Terceirização de Ouro, fase da Operação Mineração de Ouro, que culminou no afastamento de três conselheiros, Waldir Neves, Ronaldo Chadid e o então presidente do Tribunal, Iran Coelho das Neves. Jerson Domingos assumiu o comando interinamente e deve ficar na função por 180 dias. Só depois deste prazo é que a Corte deve organizar novas eleições.

Freezer – Enquanto no receptivo do Governo de Mato Grosso do Sul, dentro do Parque Estadual do Prosa, o ar-condicionado não tem dado conta do calorão, transformando o local de trabalho da equipe de transição em uma verdadeira sauna, o ar-condicionado do plenário do TCE (Tribunal de Contas do Estado) é potente. Motivo de reclamação geral dos servidores e da ex-conselheira, Marisa Serrano, nesta quarta-feira (15), foi a vez de Osmar Jeronymo fazer comentário sobre o frio: “Isso aqui é um freezer”.

Limpa pauta – A CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa agendou para a próxima segunda-feira (19), às 9h, sessão extraordinária para limpar a pauta e encerrar o ano legislativo.

Cotada – Além da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que apesar da resistência de parte do PT, ainda é cotada para assumir ministério no governo Lula, Mato Grosso do Sul pode ter outra representante no primeiro escalão. Segundo apuração da jornalista Natuza Nery, da Rede Globo, está forte o nome de Aparecida Gonçalves para comandar a pasta das Mulheres. Ela já integra a equipe de transição do presidente eleito e atuou na área durante os governos anteriores do PT. Embora seja paulista, Cida, como é conhecida, já declarou se considerar sul-mato-grossense de coração. Ela trabalhou por aqui durante a gestão de Zeca do PT.

Povos indígenas – Já a possibilidade da nomeação do advogado Eloy Terena, que também atua na transição e chegou a ter o nome ventilado para assumir as pasta dos Povos Originários, esfriou. A coluna apurou que lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul também apoiam que a deputada federal eleita Sônia Guajajara (Psol) fique na função.

Opostos, só que não – Bolsonarista de carteirinha, o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), não perdeu tempo e foi logo “estreitando laços” com a deputada federal eleita Camila Jara (PT) ao esbarrar com ela pelos corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). “Conheci essa pessoa incrível no congresso em Brasília, deputada federal eleita Camila Jara, que diante na nossa primeira conversa já diz que vem para somar com a gestão municipal de Ivinhema, onde irá destinar emendas constitucionais e estar nosso lado nos ajudando escrever uma nova história na nossa terra prometida”, legendou o político em foto publicada ao lado da parlamentar.

Críticas – Ferro enfrentou enxurrada de críticas na postagem, por estar ao lado de “uma petista”, mas manteve a publicação e mostrou que “atirou para todos os lados” mesmo, em busca de recursos para a cidade. Postou imagens de sua participação em evento da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) e da entrega de pedidos para os deputados Rose Modesto (UB) e Vander Loubet (PT), além de reunião com o senador Nelsinho Trad (PSD).

Gasto à vista – Sem revelar valores e previsão para o início e término das obras, o presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Carlos Eduardo Contar, apresentou a magistrados e outras autoridades, nesta quarta-feira (14), projeto do “novo complexo arquitetônico do Poder Judiciário”. A nova sede do Judiciário, quando sair do papel, será composta por três prédios no Parque dos Poderes: o prédio principal, que terá 31 mil metros quadrados, a Escola Judicial, com 3,3 mil m², e uma área de 26,7 mil m² para futura expansão, totalizando quase 60 mil m².

Futuro – Conforme divulgado pelo TJMS, para se ter uma ideia, o auditório do Tribunal Pleno, que hoje tem 166 cadeiras passará a ter 700 lugares. A intenção é que a sede do Judiciário na Capital tenha capacidade para dobrar o número de desembargadores – hoje, são 56 gabinetes – e a justificativa é que conforme aumenta a demanda pela Justiça, é necessário ampliar o efetivo. “De 2007 a 2022, isto é, nos últimos 15 anos, a Corte estadual teve um aumento de 50% em seu número de componentes”, registrou o órgão em texto de divulgação do evento, fechado para convidados.

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