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Arquitetura

Construção de 1872 a pedido de pioneiro se une à história de cidade

Construção ainda existe na Avenida Manoel Murtinho, em Anastácio

Por Aletheya Alves | 17/08/2024 07:45
Construção centenária é um dos destaques de Anastácio. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)
Construção centenária é um dos destaques de Anastácio. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)

Na Avenida Manoel Murtinho, em Anastácio, uma construção datada de 1872 se une à história da cidade e permanece viva. Isso porque o espaço existe graças a Vicente Anastácio, italiano que dá nome ao município.

Destacada no livro Trilogia do Patrimônio Histórico e Cultural Sul-Mato-Grossense, de Rubens Costa, a construção é descrita como tendo sido feita inicialmente para o uso residencial. Depois, no início do século XX, recebeu uma ampliação para que começasse a servir ao comércio de importação e exportação.

“O nome do município é uma homenagem ao pioneiro proprietário dessa edificação. Pertence ao seu neto, João Vicente Hermínio de Amorim. Edificação térrea acantonada com fundação e alvenaria estrutural de taipa, pedra e tijolo maciço com revestimento de argamassa, aberturas com quadros e vedos de madeira, metal e vidro e forro de estuque e cobertura com estrutura de madeira e telhamento cerâmico”, descreve Rubens.

Fotografias antigas mostram a primeira construção de alvenaria da cidade. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)
Fotografias antigas mostram a primeira construção de alvenaria da cidade. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)
Registros acompanharam o espaço com o passar do tempo. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)
Registros acompanharam o espaço com o passar do tempo. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)

No livro, há desde a planta da construção até imagens antigas e recentes feitas com drone para atualização da catalogação.

Apesar de ter apenas 59 anos de emancipação política e ser um dos municípios mais jovens de Mato Grosso do Sul, Anastácio integra o mapa de patrimônios mais antigos, como é o caso da construção de 1872.

E, contextualizando, a cidade divide a história com Aquidauana, já que se fundou ao município por um tempo.

“Considerando que a margem esquerda do Rio Aquidauana fora onde se iniciou a atividade comercial de Aquidauana, tem-se o porto de Anastácio como o primeiro núcleo de desenvolvimento aquidauanense. O novo povoado também se fez primeiro na margem esquerda, em terras da Fazenda Santa Maria, adquiridas pelos fundadores da Princesa do Sul”, descreve a Prefeitura em seu site oficial.

Fotografias mais recentes dão continuidade à cronologia. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)
Fotografias mais recentes dão continuidade à cronologia. (Foto: Arquivo/Instituto Casa e Memória)

Com o passar do tempo, os moradores da área em que hoje é o município de Anastácio começaram a se sentir prejudicados já que o lado direito do rio passou a se desenvolver mais. E, a partir dali, começou o Movimento de Independência da Margem Esquerda.

Inicialmente, houve a criação do distrito e, tempos depois, o movimento conseguiu 1.230 assinaturas para pedir pela emancipação.

Conhecido como o povoado da margem esquerda, o novo município passou a se chamar Anastácio em homenagem ao primeiro morador oficial, o italiano Vicente Anastácio.

“Cuja residência centenária foi a primeira de alvenaria erguida no povoado e ainda hoje se destaca na esquina nas avenidas Manuel Murtinho e Porto Geral”, descreve a prefeitura sobre a construção centenária.

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