Empresa busca interessados em retalhos de pedras que custam até R$ 3 mil o m²
Empresária reclama que joga fora, em média, uma caçamba de retalhos de pedras do mais variados tipos e preços, por mês
Empresa que produz peças em mármore ou outras pedras descarta em média uma caçamba de retalhos do mais variados tipos e preços por mês. Isso sempre incomodou a empresária Rosa Cristina, que decidiu parar de jogar fora e está procurando artesãos ou qualquer outra pessoa que aproveite os pequenos recortes para criar peças decorativas.
Para incentivar o reaproveitamento, ela resolveu sugerir muitas aplicações dessas sobras. Depois de 11 anos no mercado e muitas visitas a feiras de exposição de pedras no Espírito Santo, Rosa tem certeza que utilizar as pedras na decoração vai além de detalhes em mesas e bancadas. Com textura sofisticada e natural, a pedra pode ser o arremate perfeito para repaginar os móveis em casa, mas também pode revestir paredes, por exemplo.
Rosa explica que as pedras são extraídas em blocos gigantes e transportadas para as serrarias, onde são cortadas em chapas de 2 a 3 centímetros e polidas de um lado. O próximo passo é o envio em caminhões para as empresas.
A quebra de alguns blocos já começa no transporte, porque são materiais muito pesados. Depois disso, mais descartes ocorrem durante os cortes a pedido dos clientes e dessa forma muita pedra vai sendo jogada fora. Em feiras realizadas pelo Brasil muitos artesãos expõe trabalhos produzidos a partir de partes pequenas.
Existem hoje uma imensidão de pedras naturais e fabricadas, por exemplo, com mistura de vidro e pó de pedras. Há dez anos, a mais comum comercializada no Brasil era a Itaúnas, um granito formado por grãozinhos bem finos que depois de lapidada e tratada ficam até mais resistentes que o mármore.
Os tons também eram mais neutros, mas hoje em dia a diversidade de cores deixam qualquer apaixonado por sofisticação de queixo caído.
Entre os descartes, é possível ver pedras fabricadas ou extraídas dos mais diversos países. Ontem, encontramos entre os retalhos pedados de granitos, mármore carrara, nano glass e até os quartzos.
E todos são materiais bem caros. O mármore carrara - que é italiano - sai a R$ 900 m³, o ônix artificial sai a R$ 1,2 mil o m³, já o ônix branco sai por R$ 1,9 mil. Como se tratam de pedras importadas, os preços são baseados em euro e dólar.
A febre do momento são as pedras translúcidas, as que passam luz. A ônix, por exemplo, da família dos quartzos é considerada semi-preciosa.
Os preços também são bem variados. Para uma bancada de cozinha o cliente usará pedras que custam de R$ 300 a R$ 3 mil o metro quadrado. Mas para quem prefira montar áreas da casa com pedras em emendas.
Retalhos – Agora imagina ganhar retalhos de pedras caríssimas, para a fabricação de peças de decoração. A empresa disponibiliza os entulhos que sobram dos recortes de pedras. O problema é o peso. Uma caçamba de pedras soma toneladas e, por essa razão, acabam sendo descartadas.
Sem escoamento útil do retalhos, a empresa de Rosa, a Decor Pedras Mármores e Granitos, passou a montar bandejas de decoração que podem ser usadas em diversos lugares de uma casa ou escritório, mesmo não sendo o foco da loja.
A ideia surgiu depois que a empresária Rosa Cristina visitou feiras de exposição de pedras que reúnem compradores, importadores e artesãos. Os recortes de pedra bruta podem parecer entulho, mas para artistas se tornam, realmente, peças fundamentais para decoração.
Além de uma caçamba grande por mês, uma pequena é descartada por semana. Os interessados podem procurar a Decor Pedras Mármores e Granitos na Avenida Ceará, 1894, Santa Fé, em Campo Grande.