Feito por Marechal Rondon em 1904, prédio vai virar hotel de trânsito
A construção, que não é tombada, foi a sede da mais importante estação telegráfica de Mato Grosso
Uma construção histórica em Corumbá está prestes a passar por uma importante mudança em sua utilização. Estamos falando daquela que foi a sede da mais importante estação telegráfica de Mato Grosso do começo do século passado, construída em 1904, na Rua 13 de Junho, 960, e que agora passa para as mãos do Exército Brasileiro, como informou um decreto Publicado no Diário Oficial da União, no último dia 16 deste mês.
Nos últimos 30 anos estão instalados no prédio a Administração da Hidrovia do Paraguai-AHIPAR e também um braço do Ministério dos Transportes.
A construção foi projetada por Cândido Mariano da Silva Rondon, ou só Marechal Rondon, engenheiro militar e grande figura histórica brasileira, famoso pela exploração do então Mato Grosso, da Bacia Amazônica Ocidental, e por seu apoio vitalício às populações indígenas brasileiras que, inclusive, estavam presentes em sua inauguração.
Segundo o extrato de entrega n°7/2020 publicado pelo Ministério da Defesa, o prédio será utilizado como hotel de trânsito na Guarnição de Corumbá. A publicação também informa que o terreno tem 1.444,00 m² e área construída de 471,26 m².
Nós entramos em contato com a assessoria de comunicação do Exército para saber se há prazo para a mudança e quais adequações poderão ser feitas, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Na época de sua construção, Corumbá era o maior centro de comércio fluvial do País e contava com pelo menos 300 quilômetros de linha de postes para comunicação.
“É uma edificação de estilo eclético e tem um grande valor histórico para nossa cidade, foi a primeira sede dos telégrafos nosso aqui. A construção também abrigou, ao longo desses mais de 100 anos, várias repartições públicas, todas ligadas ao transporte”, explica Joanita Campos Ametlla, gerente do Patrimônio Histórico da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá.
Segundo Joanita, o prédio é um dos mais preservados da cidade. Apesar de não ser tombado, de estar na área do entorno apenas, podendo sofrer alteração, portando, ela não teme que isso aconteça de forma significativa.
“O Exército é muito parceiro nesse sentido. Tenho certeza que eles vão ajudar a preservar a história contida ali”.
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