No tom da decoração afetiva, tricotin e crochê em malha vestem a casa
Feitos a mão, peças são vendidas em Campo Grande por artesãs
Romântico, com carinha de que saiu da casa da vó, os artigos decorativos feitos com as novas técnicas de artesanato manual do tricotin e do crochê de malha são fofos, descontraídos e moderninhos. Seja em casa, no escritório ou até mesmo em uma festa descontraída, os fãs de crochê e tricô vão adorar conhecer mais da novidade, funciona até em acessórios, como colares e presilhas para os cabelos.
Conhecido também como rabo de gato ou i-cord, o tricotin é um cordão de tricô ou crochê arredondado que, quando preenchido com arame, pode tomar as mais diversas formas. O formato tubular desta corda é que fez com que artesãos conhecessem este item como rabo de gato. Em Campo Grande, a jornalista Dáfini Lisboa criou uma lojinha online, a Panápaná, que tem como carro chefe as peças.
''É uma vontade antiga, mas uma concretização recente. Abrimos em setembro de 2017, com a ideia de oferecer itens alegres e diferentes para a casa, dando maior ênfase no feito à mão. Minha irmã e eu fazemos o tricotin e estamos expandindo em produtos artesanais por meio de parcerias e de produção própria também'', conta ela.
Com opções a pronta-entrega de alguns itens de mais saída, como os flamingos, que estão muito em alta para decoração de festas e ambientes da casa, elas também fazem encomendas. ''Atendemos muitas mamães com pedidos de nomes para o quarto do bebê ou para decorar a porta da maternidade. Cobramos na faixa de R$ 9,00 por letra apenas para nomes''.
Ainda de acordo com ela, o trabalho é sua segunda fonte de renda e é bem bacana de produzir. ''Fazemos primeiro o molde para ter a ideia exata do tamanho do cordão e também porque assim a estrutura fica mais definida. Se fizéssemos depois, ficaria difícil pra moldar. E o cordão de tricô pode ser feito com um tear manual, que foi como eu comecei, uma maquininha, que é o que utilizamos agora, pois deixa o produto final mais bem-acabado e agiliza muito mais a produção, ou até mesmo com agulhas de crochê, vai de cada um''.
As irmãs estão num processo de testar novas técnicas. ''Vamos mesclando técnicas artesanais, inserindo o ponto cruz em composições com o tricotin, dando ideias de como decorar utilizando estas técnicas''.
Para produzir as peças, é possível usar linhas e lã, vai de cada desenho e de cada profissional escolher qual é mais interessante. ''Pra gente, especialmente para alguns desenhos, como o do cacto, por exemplo, acho que fica mais legal com lã''.
A crocheteira Karol Pimenta entrou de cabeça na ideia o crochê de malha depois que descobriu o fio de malha. Ela, que tem uma marca própria, que leva seu nome, e também vende algumas peças na Panápaná, explica que esses artigos produzidos por meio da técnica são decorativos e funcionais.
''Costumo produzir cestos que se tornam porta controle, servem para esconder ou decorar vasos e plantas, servem como porta canetas, porta peso de porta, são várias as utilidades'', comenta.
Karol faz crochê desde os 12 anos mas há um ano descobriu o fio e nunca mais largou. ''É uma técnica nova por aqui, então tem poucos lugares, por exemplo, que vendm o material. Muito por conta disso eu gosto de vender a pronta entrega, porque não sei quanto o fio vai render e quanto dele vou encontrar pra comprar'', completa ela.
Os cestinhos costumam ir de R$ 15 a R$ 25,00. Os tricotins de forma diverstidas saem a partir de R$ 35,00.