Sala de 60 m² vira bar secreto para quem curte se divertir no sigilo
Para manter a discrição e aguçar a curiosidade, é proibido fazer vídeos e fotos dentro do local
Uma sala de 60 m² na Rua Euclides da Cunha esconde um bar intimista com capacidade para 25 pessoas. Pensado no conceito “speakeasy”, termo utilizado para descrever um tipo de “bar secreto”, a proposta do Bacaro é oferecer momentos de privacidade para o público que curte se divertir sem alarde e fora das telas.
O termo que inspira o conceito do bar surgiu na década de 20, época em que era proibido vender bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais. Lá dentro não é permitido fazer fotos e vídeos, pois conforme explica o proprietário Diogo Wendling, 43, a ideia é que o bar permaneça secreto e a divulgação seja de “boca a boca”. “Ninguém vai saber que você esteve aqui, só se você contar”, brinca.
Diogo conta que conheceu o termo “speakeasy” trabalhando como garçom em um bar nos Estados Unidos. Segundo o empresário, em solo americano os bares funcionam como “paraísos” secretos focados em coquetelaria, gastronomia e até mesmo com shows, cabarés e outras atrações destinadas ao público adulto. Para trazer o conceito para Campo Grande, Diogo quis fugir da estética tradicional estadunidense, então buscou referências em uma viagem para Veneza.
Ele revela que sempre gostou da estética veneziana, então durante suas andanças em solo italiano, encontrou uma série de bares, todos com um nome em comum: “Bácaro”. Ele embarcou em uma tour por todos os “bácaros” da cidade, e encontrou lá a inspiração que precisava para abrir seu próprio bar secreto na capital sul-mato-grossense.
“Tinha uma exposição de comidas, bruschetta exposta, bacalhau, camarão, um monte de vinho. E aí você ficava meio que em pé ali, como se fosse o nosso boteco mesmo, só que tomando vinho e comendo bruschetta. E aí eu falei, vai ser isso. Vai ser o bacaro do território do vinho. E aí a gente chamou de Il Bacaro del Territorio”, relata.
O caminho até o bar é feito pelo corredor de serviços do restaurante. O cliente passa por um corredor estreito de tijolos, com luzes amarelas baixas. No final do trajeto, o cliente encontra uma porta de tijolos cinzas. Lá, é só tocar o sino e dizer a senha para entrar.
Antes de acessar o local, os celulares são vedados com adesivos, para impedir as pessoas de fotografar e filmar o ambiente. Após subir os dois lances da escada de madeira, o espaço de 60 m² é um mistério que só pode ser desvendado indo visitar o local.
“Aqui, na verdade, você vem para não ser visto. Você tem que curtir muito a pessoa que você tá junto, porque você não tem distrações, você não fica olhando os outros, você não fica olhando o celular”, diz Diogo.
O bar conta com equipe de cinco funcionários, que atendem os clientes utilizando máscaras. Os garçons têm a mesma identidade. Todos têm o nome de Gabriel Capone ou Al Capone, para que os clientes não saibam a identidade deles. O intuito, conforme explica Diogo, é manter o mistério e instigar a curiosidade das pessoas.
O cardápio oferece drinks, entradas, pratos principais e sobremesas, que variam de R$ 36 a R$ 78. A cartela de drinks é dividida em três eras: antes da proibição [da venda de álcool]; durante a proibição e após a proibição, fazendo alusão à história dos bares secretos, conceito que se consolidou mesmo após a liberação da venda de bebida alcoólica. Qualquer bebida sai pelo valor de R$ 46.
Já no cardápio, o carro-chefe da casa é a Carne Cruda, prato de filé batido na ponta da faca, pastel de queijo Nicola e compota com azeite envelhecido, pelo valor de R$ 78. Outro destaque é o Salmão Glavilax, prato com pão tostado, salmão curado, coalhada e ovas de mujol, pelo valor de R$ 42.
Só é possível visitar o bar por meio de reserva, pois a quantidade de pessoas por vez é limitada. O lugar recebe clientes apenas na sexta-feira e no sábado, das 20h à 1h. Para fazer a reserva, basta chamar no Instagram.
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