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Artes

Através de arte, mulheres vítimas de violência reconstroem vida

Ação do Centro Especializado de Atendimento à Mulher foi realizado em conjunto ao artista Marcos Rezende

Aletheya Alves | 03/09/2023 07:46
Quadro foi construído a partir de digitais de vítimas de violência. (Foto: Divulgação)
Quadro foi construído a partir de digitais de vítimas de violência. (Foto: Divulgação)

Lutando contra as marcas deixadas pela violência, mulheres atendidas pelo Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher) se sentiram reconstruindo suas histórias através da arte. Em um quadro, as impressões vinculadas às lembranças traumáticas se transformaram na identidade de quem luta pelo próprio futuro.

“Foi uma sensação de estar recomeçando uma vida nova”, resume uma das mulheres atendidas, que não irá se identificar para ser preservada. Integrando o grupo de vítimas que recebe atendimento psicossocial, ela conta que ver o quadro pronto mostrou que seu próprio mundo não precisa possuir violência.

Na ação, o objetivo foi mostrar como a arte possui a possibilidade de ajudar no processo de recuperação. Por isso, as mulheres se juntaram ao artista Marcos Rezende para deixar suas impressões digitais e construir um ipê a partir de suas histórias.

Outra integrante do Ceam, de  anos, conta que chegou ao centro através da Casa da Mulher Brasileira. E, poder se integrar ao processo criativo foi “uma emoção muito grande”, em suas palavras.

Para ela, um dos grandes destaques é que o quadro se tornou decoração do Ceam e, ao invés de pensar necessariamente em coisas ruins quando estiver por lá, poderá se lembrar de como sua identidade está vinculada à arte.

Artista, Marcos Rezende se uniu às mulheres para produção da arte. (Foto: Divulgação)
Artista, Marcos Rezende se uniu às mulheres para produção da arte. (Foto: Divulgação)

Participando do projeto, o artista plástico Marcos Rezende explica que, quando foi convidado para a pintura da tela, não imaginava como seria a experiência. “Em cada interação com os elementos propostos, as mulheres compartilhavam suas vidas, histórias e emoções. Foi um processo de criação único, no qual minhas habilidades como artista se fundiram com a experiência pessoal de cada mulher que participava”.

Em relação ao Ipê ter sido criado com digitais, Marcos comenta que, para ele, cada marca é uma “expressão de força, resiliência e superação”.

“A arte se tornou uma plataforma pela qual essas mulheres puderam externalizar sua angústia, desejos e experiências me fazendo perceber quão vital é para a narrativa humana. Através dela, podemos contar histórias que podem não ser verbalizadas facilmente”, diz o artista.

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