Com contos que misturam terror com hate de internet, alunos lançam 1º livro
São 24 autores ao todo, que estudam em escola pública do Bairro Aero Rancho
A experiência de lançar um livro pela primeira vez, veio cedo para 24 adolescentes que estudam em uma escola pública do Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Na última sexta-feira (20), eles fizeram até noite de autógrafos.
A obra é uma coletânea de contos de terror, gênero preferido da maioria. São abordados temas "do século 21" como o assédio virtual e os discursos de ódio na internet, os hates. Houve até pesquisa com os estudantes para definição dessas opções.
A proposta de reunir textos criados pelos alunos e lançar um livro, veio da próxima escola, que é a Professor Silvio Oliveira dos Santos, da rede estadual. Há seis anos a atividade é desenvolvida.
Quem coordenou este ano a produção dos textos entre alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, participou da seleção e fez parte da organização do lançamento foi a professora Janieli Salgueiro. Ela dá aula de uma disciplina chamada Itinerário de Linguagens e Humanas, oferecida na escola.
Qualidade - As histórias horripilantes bem escritas eram muitas. Foi até difícil para a professora selecionar as melhores: "todos estavam muito criativos, tinham muita qualidade", conta.
Produções de estudantes dos turnos matutino, vespertino e noturno foram avaliadas. Da pesquisa para escolha do gênero e dos temas até o lançamento, foram oito meses..
Noite de autógrafos - A noite da última sexta-feira foi importante para os adolescentes se sentirem estrelas e ver seu trabalho reconhecido. Exemplares foram impressos com recursos da escola para serem autografados e entregues às mães, pais e outros responsáveis pelos alunos.
Emocionados com o feito, eles curtiram cada minuto da noite de autógrafos que a instituição proporcionou. "Estavam muito felizes e muito orgulhosos, motivados, se sentindo valorizados e protagonistas", diz Janieli.
Funcionários da escola fizeram decoração, um palco, o cerimonial para receber a família e até um jantar para servir aos presentes. "É para ficar na memória", finaliza a professora.
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