Gilmar garimpa madeira e fotos do Pantanal para criar quadros únicos
Há 5 anos, ele fotografa as estradas e comitivas que ganham molduras de madeira bruta
O trabalho artesanal para Gilmar da Silva Santos, de 54 anos, só é possível graças ao ‘presente’ que recebeu de Deus. O homem percorre incontáveis estradas sempre ‘garimpando’ as belezas do Pantanal e das comitivas. O resultado desse ‘garimpo’ são fotografias e quadros que alcançaram tantas mãos que Gilmar perdeu as contas.
Há cinco anos, ele começou a produzir os quadros e as molduras de madeira após sair da empresa em que trabalhava. De lá para cá, segundo o artesão, muita coisa mudou. “Eu comecei por curiosidade não tem nada a ver com o que é hoje. Durante esses cinco anos aprendi bastante coisa, surgiram as ideias que tenho hoje”, afirma.
Muita coisa pode ter mudado na forma como conduz as produções, porém a paixão e dedicação colocadas em cada quadro de madeira continuam. Gilmar conta emocionado sobre a habilidade que recebeu. “O que aconteceu pra mim foi um presente, não tem nem como explicar. Eu fico emocionado, eu posso representar meu trabalho no planeta Terra”, fala.
Por mês, Gilmar produz cerca de quatro quadros de madeira que trazem as imagens que faz durante as viagens. O homem que diz estar constantemente nas paradas e estradas fornece um vislumbre de quantas paisagens capturou. “Eu sempre gostei de passear, curtir a natureza e comecei a fazer as fotos. Se for contabilizar tenho umas 10 mil”, declara.
As fotos são uma das principais singularidades do serviço de Gilmar, que as utiliza para compor os quadros. Ele as utiliza mais de uma vez, porém, garante que os modelos nunca saem igual. “Eu visualizo pegar algo que dá pra fazer 10 peças, mas eu nunca consegui reproduzir a madeira igual”, explica.
As molduras ressaltam ainda mais a beleza das comitivas e o Pantanal registrado pelo artesão. Algumas das madeiras utilizadas são: sucupira, braúna, angico preto, peroba rosa e outras tantas.
Independente do tipo delas, Gilmar reforça que todas são coletadas da mesma forma. “Minha produção é a madeira bruta antiga, não abro a madeira. Só coleto em ponte antiga, garimpo a madeira e venho tratando”, comenta.
Quando viaja para participar de leilões, Gilmar faz marcações nos troncos antigos que encontra no caminho. É nesse processo de passar para frente o que está pronto e recolher a madeira que culminará em novos quadros que o artesão segue aproveitando o que chama de liberdade.
Quem quiser conhecer o trabalho, o perfil no Instagram é @culturapantaneirags
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